Um quarto qualquer

Espalhados sobre a escrivaninha abarrotada de livros velhos e cadernos com folhas escritas em outros tempos, poesias, frases, citações, asneiras...filmes "bullit" "era uma vez no oeste" "a pequena loja de horrores", papéis soltos, mais rabiscos, desenhos de robôs e dragões (esse jeremias!), três discos em cedê: chat baker, nat king cole e tim maia, postos à tocar conforme o estado de espírito do inquilino daquele pequeno quarto qualquer.

Chat Baker para os dias de bebedeiras, cigarros mexicanos e cerveja duff, enquanto lia embevecido henry miller e seu trópico de capricórnio.

Nat King Cole quando a alegria invadia a alma, a alegria indócil dos dias em que esteve a penetrar vaginas doces - dance ballerina dance! - corpos suados e lascívia a escorrer em lágrimas pelos poros.

A musa idealizada, a doce terra encantada e procurada, salvar-lhe-á, não terá mais vida, depois de Camila.

Salve Nossa Senhora e Nosso Senhor do Bonfim, atendeu suas promessas e trouxe Camila, a prece atendida, Deus quando não pode sozinho, pede ajuda, bom! Tim Maia nestes dias.

Lamentava assaz faltarem muitas páginas e haverem traças em "um certo capitão rodrigo" do veríssimo I, passara à vista nalgumas palavras e brotou-lhe gosto de pessegada, calabresas e geleia de pera.

Homem de preto
Enviado por Homem de preto em 18/05/2012
Reeditado em 28/05/2012
Código do texto: T3673885
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