O PERIGO MORA AO LADO !
Estava na beirada de uma lanchonete, enquanto a chuvarada desabava fortemente ...
Ao longe, em campo aberto, a meninada brincava com a bola - e chuta aqui - chuta acolá, cacos voando e caneladas também..., quando avistei o zé-cachaça, meio cá, meio lá, muito doidão montado numa bicicleta cortando o gramado - e não deu outra - trombou com a garotada, derrubando três e ainda gritou de longe :
- E aí, galera, tudo bem numa boa ?...
- Vai ficar melhor - a criançada respondeu.
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Julgando-se acima das estrelas em suas presepadas, o tal zé demora-se em olhar pra frente - perde o equilíbrio, esquece que O PERIGO MORA AO LADO e que às vezes o feitiço vira contra o feiticeiro ... baila, então, no ar com o calor da " marvada " que nem " cabra da peste " - nariz torto de lama e de bicada vai à trave sem goleiro e sem bola !
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Lembrei-me, naquela cena, de uma história milenar repassada pela vozinha:
- " É, MEU NETINHO, QUANDO SE FERE INJUSTAMENTE DOIS OU TRÊS, O JURO É MAIOR DE CADA VEZ " !!!