MULHERES COM PODER
MULHERES
19/04/2012
Estamos vivendo novos tempos, as mulheres que tanto lutaram pela liberdade feminina há algumas décadas, agora vivenciam o poder. Seja ostentando a faixa no peito de maior mandatária da nação, seja presidindo tribunais ou petrolíferas elas se fizeram presentes.
Isso é bom, isso é muito bom. O homem hereditariamente desde as mais antigas eras tem uma visão da amplitude, ele precisava caçar para sobreviver. Talvez por isso não tenhamos conseguido ver o que ocorria na nossa face, poluição, corrupções, roubos, drogas, fim da família e do casamento, desmandos de toda ordem. Na condição de caçadores não nos permitimos a sutilezas e detalhes. Durante muito tempo e pelo que sei até hoje, somos exaltados por um simples abrir de portas as mulheres. E é aí que tudo aconteceu, nós abrimos, elas entraram.
As mulheres sempre se cuidaram. Na antiguidade suas formas eram arredondadas, tomavam banhos de sais e cheiravam como as flores, pois delas usavam o perfume. Seus sonhos eram com príncipes e castelos. Tratavam seus maridos como reis e para eles se davam formando numerosa prole. Mas aí decidiram que não mais usariam sutiãs e os tiraram em praça pública. Seu físico se alongou e passaram a ocupar as academias. Dividiram-se em duas categorias “potrancas” e “gazelas”. As “potrancas” são aquelas de grossas coxas, ancas e ombros largos. Seu caminhar é como de um puro sangue, elegante com o queixo elevado sabendo ser observada e desejada por todos por onde passa. As “gazelas” são esguias. Seu andar é cadenciado com movimentos suaves e extensos de suas longas pernas. Suas formas sempre ocultas por vestimentas mais largas aguçam a curiosidade de vê-las ao vivo e descortinadas e então poder desvendar o mistério que as cercam. Toda esta preparação do físico não foi por nada. Novas jornadas as aguardavam. Mares, montanhas, matas e o ar não mais seriam barreiras estavam preparadas para serem campeãs de corridas, futebol, provas de resistência, escaladas, em montanhas e na vida, e saltos em altura.
Abdicaram da cozinha, hoje na TV de cada 3 programas de culinária 4 são masculinos. Até a Palmirinha não aparece mais. Abdicaram da meiguice e fizeram transparecer seu instinto protetor materno não mais sobre seus rebentos, mas agora sobre suas conquistas. Enquanto nós caçadores cuidávamos de nossa conquista, a caça, de uma forma, ...esportiva, ...com brincadeiras, ainda não são as palavras corretas para usar, cuidávamos de nossa conquista de uma forma um tanto irresponsável, elas mostram toda sua força e recursos na proteção de suas idéias e ideais. Se ainda lhes falta a visão ampla não lhes passa despercebido qualquer detalhe que contrarie seus conceitos.
São diretas e não têm meias palavras, passado, presente e futuro são fases de um só acontecimento. O foco é único, pois é assim que se vence. Por algumas gerações usamos o dito “atrás de um grande homem sempre existe uma grande mulher” esta frase foi corrigida para “ao lado de um grande homem....” e brevemente o será novamente para “ sobre um grande homem sempre existe uma grande mulher”.
Hoje me divirto na cozinha e “sobre ou sob” sempre vou adorar as mulheres.
Geraldo Cerqueira