A sobrevivência da Europa

A velha Europa vem passando um sofrível processo de modificações. Não é mais a tutora da riqueza do velho mundo, nem a maior esperança de enriquecimento para o planeta. Envelhecida, vem em forte queda livre em seus valores financeiros, parindo desemprego e greves. O FMI por si só, jamais reparará sua mega crise e porá o velho Continente nos trilhos desenvolvimentistas do ontem.

É implausível cogitar-se a complicada situação da Grécia, sem se entender o complexo endividamento da Zona do Euro, arrumada para crescer com força e sem maiores complicações. A zona do Euro gripou, tossiu e hoje já procura internação nos hospitais de seus credores, carecendo de uma longa internação, receosa de não encontrar o remédio específico para a sua doença.

A confluência de conflitos políticos estoura e complica ainda mais a situação europeia. Há uma massa grande de desempregados, empurrada com a barriga pela classe política da Zona, que às turras, parece alimentar uma desinteressante miopia resolutiva. A Europa enriqueceu à custa do desleal comércio com a América pobre e a velha Índia. Descascou o comércio dessas regiões em mísera diferença de situações, usufruindo unilateralmente de nossas riquezas. Hoje, a competitividade do mundo globalizado não lhe permite mais reinar soberana como se fosse a eterna ditadora dos caminhos da riqueza.

O Longo período que o Continente Europeu teve com sobras de dólares, passou e, dificilmente voltará a acontecer. A mão de obra europeia não dará mais conta de suas necessidades básicas. Não nos será difícil encontrarmos, doravante, nos lares brasileiros s, empregados domésticos europeus. Não se imagine, porém, que o Velho Continente morreu de tudo. Nada disso. Ele é e será um celeiro de cultura que eternamente manterá sua condição de importantíssimo polo cultural e turístico mundial, arrecadando o dinheiro dos viajantes da era moderna. Menos mal!

A França, parceira fiel de Sarcozi, agora prova da era Hollande e se avista com a direitista alemã Ângela Merckel, como se tentasse diluir o rigor das recentes medidas da Comunidade Europeia, rumo à sobrevivência de sua Zona. O caldeirão europeu ainda ferverá por longos anos e, rezemos para que não haja uma quebradeira geral e a China e a América rica dominem soberanas a Economia mundial. Os emergentes estão aí, vencendo batalhas, rumo à definição de quem governará os interesses maiores da Economia mundial. Chega da Velha Europa. O mundo quer uma roupagem nova, mais igualitária, menos coerciva.Quem viver verá!

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