Oi mãe
Oi, mãe!
Porque você cuidou de mim tanto assim?
Precisava me esconder debaixo da máquina de costura para não enfrentar a fúria do meu pai?
Precisava fazer a torta de bolacha com raspas de limão só porque eu gostava tanto assim?
Tinha que enfrentar a professora do 2o. ano primário porque você achou que ela estava perseguindo seu filho?
Porque você cuidou tanto assim de mim?
Todo o carinho, toda proteção e todo o amor que você dedicou foi bom, mas agora dói, sinto sua falta!
Mãe da gente é assim, quanto melhor se tem, pior depois com a sua falta.
Você tinha que estar aqui, agora do meu lado. Tenho muita coisa boa pra te contar. Sua família tá crescendo, seu primeiro bisneto chegou!
Hoje o filé ao molho rôti acompanhado do purê de batata baroa e aspargos frescos, faltou ouvir o “tá tão gostoso” de você!
Faltou você me censurar no 3o. ou 4o. copo de vinho.
Faltou também eu te beijar, te abraçar, sacudir você de tanta felicidade por ter você, só você!
Drumond diz que mãe nunca deve morrer, deve ficar do lado do filho até o fim, tenho que dar razão à ele. Ele também tinha mãe!
Hoje, sua falta me faz olhar a mãe dos meus filhos, me faz entender que cuidado é esse, que amor é esse avassalador, prioritário, incontestável, inexorável, maior que tudo nesta vida!
Vou reconhecer humildemente, sou parte disso como um coadjuvante, nem de longe o ator principal. Família é mãe, filhos, filhas, pertencemos todos ao amor da mãe.
Parabéns, seu dia foi hoje, mas para mim você é todos os meus dias.
Obrigado por ter sido seu filho!