Sem dor, com amor
Sem dor, com amor.
Estava embriagado pela maravilhosa profundidade do silencio e além de convencido de que maio adentrava o tempo naquele ano de 2012, época em que flui o amor em gotas de orvalho e o vento soprando junto ao mar entoa uma melodia que envolve os corações sarando todas as magoas e devolvendo a vida em uma eterna aurora de uma manhã iluminada...
Eis que a visão de um quase isolamento, aonde nunca chegou o vento árido, nem a poeira, nem o calor e assim recordamos a visão atávica de um período que passou... Assim, uma força sísmica , uma respiração vulcânica, um rugido de cataclismo se tornaram centro de uma atração cognitiva de nosso interior, nos fazendo lembrar que pouco tempo nos resta e que muitas tarefas planejadas ficam apenas nos planos materiais. Agora a chuva anunciou que se apaziguava e as nuvens foram subindo e se vu que de um momento para outro ia estiar. A temperatura naquelas paragens cercadas de elevados montes esfria nesse período e nossos corpos suados e entrelaçados suados mas pediam mais amor... Mas, uma volta a vidas passadas nos premia com um presente, um aprendizado que dispensaria tantos maus estares e, veio a pergunta: - Quanto custa a solidão partilhada ao fim de tantos anos de cumplicidade estéril que finalmente gozava o milagre de ser finalmente feliz, enfim, encobríamos para sempre o paraíso da solidão por uma amor verdadeiro que atiçara as velas, aquecera os motores com a chama inapagável da paixão, deixando para traz o duelo calado e tenso, um pacto secreto, um desafio irrevogável de cuja culminância não poderia ser o amor, mas o medo... E assim, aquele sentimento volátil perdera para sempre a serenidade e enveredou-se nas areias movediças da abjeção onde provavelmente encontrou o fim, mas eu, encontrei-te finalmente e não precisei de asas para voar e nem palavras para te conquistar, é que quando se ama de verdade nunca perdemos ou ganhamos, simplesmente amamos.