Belas Palavras

Não me vejo escrevendo para ser interpretado, nem muito menos aclamado. Estou fora de ser uma estrela, partir em viagens fantásticas, autografando livros, dando entrevistas para a Rede Globo de Televisão. Quero viver sim dos meus escritos, mas não anseio a pomposidade adquirida por Paulo Coelho. Não quero fazer média com os meus textos.

Se a crítica comentar, tudo bem; mas se não comentar, paciência!Estarei aqui, dedilhando algumas palavras, pois sinto-me sufocado com tantos vocábulos que perambulam pelo meu cérebro. Quero ser feliz com essas palavras, não quero confrontos. Almejo a paz vocabular, o simples falar, pois as pessoas de baixa auto-estima desejo atingir. Fazer com que eles através das letras simples e anti-demagógicas possam sonhar, navegar sem sairem de suas casas.

Quero escrever alguns versos, mas não quero ser chamado de poeta, pois não chegarei a escrever como Vinícius de Moraes, Carlos Drummond, Mário Quintana... Não fui preparado para escrever assim, como eles. Doutos da linguagem poética, homens que bricavam com as letras, pois elas lhes apareciam facéis. Nada comparadas às mulheres da vida, mas saíam belas, fáceis e rápidas.

Escrever é o meu prazer, minha profissão, minha diversão. Não pretendo me afastar dela tão rápido, arte de escrever. Quero poder amá-la como amo minha esposa... Acaricía-la com os carinhos emitidos à minha amada...

Que as letras sejam frutos de um casamento duradouro e certeiro, pois é através delas, as palavras, que o meu amor sobrevive. Belas palavras...