Essa coisa de mãe...

Copyright:Soaroir de Campos
10/5/12

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Desculpem se minha paciência não comungue com a da maioria para escrever sobre este tema. Mas vamos combinar... Mãe é um pé no saco. Tem outras experiências, conceitos, preconceitos, educação e expectativas que arremessam sobre nossas costas. Mas elas são essenciais, dependendo do animal. Eu, embora faça parte do reino dos mamíferos, sempre me conduzi como se de outra espécie. Jamais me entendi muito bem com a minha. Só após 20 anos de sua morte, depois de passar pela fase de remorso, culpa e enviar para o além meu pedido de perdão, cheguei ao entendimento, agradecimento e reconhecimento. Ela foi uma grande mulher. Ela, com parcos recursos e cultura, criou e educou sozinha suas duas filhas, hoje pessoas de bem. Tudo teria sido menos sofrido se eu não tivesse vivido sob a égide de um deus castigador.

Segui fielmente o 4º Mandamento, no entanto, como indivíduo de geração diferente eu tive minhas perguntas e sofri os efeitos da evolução, assim como sofrem hoje os meus filhos.

Mãe não tem superpoderes, tampouco a receita de todos os bolos. São seres humanos falíveis e como nós em busca de acertos.

Quantos animais dependem de mãe após o parimento? A maioria deixa para trás, como deixa seus excrementos, as suas crias, porque parir é um fato, consequência da natureza. Um ato fisiológico, independentemente das razões para estarmos neste mundo.

O Dia das Mães é um culto que vem de longe, dizem. “A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.”

O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.” (...).

Aprendemos a honrar pai e mãe, mas às vezes temos ou não afinidade com o próximo. O resto é massificação convencionada, arrazoada ou não

(...)No Brasil O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.
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