LIMITES
O limite entre o necessário e o supérfluo, apesar de não parecer, é quase imperceptível. Temos a urgência em conseguir algum dinheiro para um determinado fim, mas quando menos percebemos, já estamos almejando a moeda que poderá trazer complicações com aquisições dispensáveis. Aspiramos por esculpir um corpo de acordo com a moda social para sermos inseridos em grupos, mas chega um momento em que tantas formas tornam-se inútil quando precisamos realmente conquistar alguém pelo coração. Precisamos de alimento para gerar energia e saúde, mas quando assustamos já estamos degustando especiarias caríssimas e desnecessárias. O que não podemos evitar mesmo é a necessidade contínua de amor. Por mais que nos faça falta, nunca será demais. Amor não se compra, não se molda em academia, não é alimentado pela ganância. Amor faz falta sempre. Não se pode evitar a necessidade de amor e com isso ele jamais torna-se supérfluo. Quanto mais repartimos, mais espaço nos sobra para receber. O que não dá para confundir é a linha tênue que separa amor de paixão, de desejo, de vontades. Esses podem se tornar demasiados, mas amor de verdade, nunca será suficiente.