As agruras de uma ida à dentista
Ir ao dentista é sempre um problema. Parece que, com o passar dos anos, as coisas ficam piores. Os problemas bucais diminuem à medida que tomamos consciência da importância da escovação certinha, do fio dental na gengiva etc. Em compensação, nós passamos a dar atenção a algumas coisas que, há 20 anos, passavam batidas.
Por exemplo...
A música que toca dentro do consultório. Hoje, durante o check-up, a caixinha de som tocava uma canção extremamente propícia para a situação. Enquanto a dentista, Dra. Fê (olha a intimidade!), e sua assistente esguichavam os dentes e quase me afogavam, ouvíamos de fundo: “Meu bem, você me dá água na boca. Vestindo fantasias, tirando a roupa...”.
Pensei: isso só pode ser brincadeira da secretária!
Antes, eu já tinha passado por outra saia justa. Toda vez que faço a visita à Dra. ela me pergunta: “Tá tudo bem de saúde? Alguma cirurgia? Tá tomando algum medicamento?”. Até aí, tudo bem! De repente, vem a pergunta-chave: “Você usa alguma droga que eu deva saber”. Em voz alta respondi negativamente; em pensamento, refleti: “Que você deva saber, nenhuma”!
E não bastasse os jatos d’água, a demora para sugar a saliva e o questionário policial, ainda fui motivo de risadinhas. Tudo porque sou sãopaulino. A assistente, num lapso de piadista (para mim, não teve graça! Mas elas riram bastante), disse que eu só deveria agendar consultas às segundas! Ha ha ha...
Ainda bem que só voltarei lá daqui a três meses!