“O Lenhador”
Meu nome é Paulo Torres.
Hoje sou bispo da igreja ”Arvore da Vida”.
Leciono teologia para novos irmãos, futuros pastores, orientação para jovens, e conselhos aos desgarrados.
Prometi qualquer dia dar o testemunho de algo de interessante que vi acontecer em minha igreja.
Pediram e vou contar-lhes a historia de um lenhador.
Ele tornou-se um madeireiro.
Tornou-se especialista em madeira de lei.
Seus cortes eram famosos e era requisitado por muita gente importante para obter madeiras para suas casas de campo chalés e escritórios.
Artesãos também o procuravam, pois queriam tal tipo de madeira para fazer sua obra.
A todos satisfazia ganhando bom dinheiro até satisfazendo seu prazer que era propiciar produtos melhores aos clientes.
A necessidade obrigou a mudar-se, da cidade para o campo.
Sentiu-se muito feliz, pois acho que era a vida que queria, viver na mata, sentir o ar puro logo de manhã.
O mesmo não acontecia com sua esposa moça da cidade e não acostumada, com este contato direto com a natureza.
A friagem, os ventos que tanto satisfaziam o lenhador, era veneno para ela, pois seu fraco pulmão recebia tal impacto como veneno.
Mas vendo a alegria do marido, sofria em silencio.
Quando ele descobriu quis fazer algo, mas era tarde demais.
Ele era crente, porém de muito pouca fé, nunca visitava uma igreja, dizia orar trabalhando.
Disto ninguém conseguia demovê-lo.
A esposa grávida deu a luz a belo jovenzinho, mas não resistiu às dores do parto por sua condição física e faleceu.
Ficou somente um coração ferido pela perda e tenra criança precisando de carinho.
Todo amor da esposa foi transferido para a criança.
Com ajuda de algumas senhoras, mas sem se envolver com mais ninguém sua vida continuou.
Breve tínhamos dois lenhadores.
Um que não conseguia manejar o machado, e outro que trabalhava alegremente com seu sócio.
Almoçavam juntos e caminhavam juntos pelas florestas.
Breve o jovem lenhador já conseguia dar suas primeiras machadadas.
Foi-lhe ministrado que o corte teria que ser exatamente feito em tal ângulo, para que a árvore caísse onde ele planejasse.
Facilitaria a chegada dos cortadores que a colocariam em carroças e levariam a seu destino final.
Estava ele almoçando, seu filho, e sócio pegou o machado e continuando cortar a árvore que ele havia começado.
Não percebeu que o filho por inexperiência desviou o corte.
Depois brincando com o filho ainda, pegou o machado para terminar a derrubada da frondosa árvore.
Não percebendo o erro, ficou em posição de perigo e a árvore caiu sobre sua clavícula quase decepando.
A criança correu para pedir ajuda aos homens das carroças que vieram logo.
Encontraram o lenhador quase morto e orando muito, chorando e agradecendo a Deus.
Um dos carroceiros, também ateu, falou você quase morreu e ainda agradece, eu xingaria.
Ele falou:
Agradeço a Deus, pois em meu lugar estaria meu filho.
Para ele, que só tinha um filho descobriu que também tinha um pai. ”O Senhor Jesus”que cuida de nossas feridas.
Não pode mais trabalhar no mato, como era de sua vontade, mas foi para a igreja colher madeiras para o Senhor.
Quando o bispo acabou de dar o testemunho, desceu do púlpito e todos notaram que seu ombro direito era muito mais baixo que o esquerdo.
Sim, ele era o lenhador, que foi escolhido pela sabedoria divina para trazer madeiras de lei, para formar a grande igreja do reino dos céus.
OripêMachado.