NO TRÂNSITO - CRÔNICAS DOS PERIGOS

03-10-07

No trânsito, sente-se cada vez mais aumentar o temor, numa situação onde praticamente em nenhuma via se consegue deslocar em velocidade mais baixa. O desespero é tamanho, pois que está a competir com os fórmulas “supersônicos”! Quem andar devagar, sofrerá a pressão dos apressados, por motivos que em nada justificam correrias e atropelos por todos os cantos da cidade. Não se pode cochilar, sob pena de atropelar ou ser atropelado. Corre-se bastante e ali adiante pára um bom tempo para tomar cafezinho ou cerveja bem gelada. A “loura” suada de espanto, ele de tanto correr. Diz para si mesmo:- Sou um idiota!

Observa-se diariamente, o tráfego nas estradas sangrentas do DF. Um motoqueiro por dia ou mais, ele muitas vezes com pouca idade, mas tendo já mulher e filhos pra cuidar. Se alguém se enrosca com um destes ou vice versa, é problema na certa. Com quatro rodas, corre-se muitos riscos, com duas, vai sobrar pra muito mais gente! Um sensor anti-motos, rodas e objetos perdido pelo trânsito, por qualquer preço, valeria a pena!

Alguém está aflito a perguntar:- por que a Pizza demora tanto?

Na sua caixa térmica, amassada estava escrito: Pizza ... Acho que Congress..., falta alguma letra.

O pedestre deverá ter cuidados até mesmo dentro dos estacionamentos, com quem sai de frente ou numa tremenda marcha a ré, tanto faz, pois ali não é mesmo um lugar seguro. Lança-se por muitos motivos sobre veículos que mesmo devagar, lhe causam traumas fatais. E no Eixão? Ali então, a vida vale muito pouco. De manhã ou á tarde faz-se apostas curiosas: Observa-se sem querer se descuidar no trânsito, os pedestres desafiando o colega e o próprio perigo:- vamos ver quem chega primeiro do outro lado! Responde o outro:-não, vamos ver quem consegue chegar vivo!

Não houve um candidato nestas eleições, propondo alguma solução para o problema. Muitos dos que perderam a disputa eleitoral, certamente teriam sido campeões de votos, se tivessem prometido salvar pessoas desprotegidas no trânsito das 18:30 h, nos eixos da cidade.

Propomos um rodízio entre “costureiros” da “Asa susto” e “Asa morte”: Os primeiros “costurariam” só no dia 30 de fevereiro e os outros no dia de “São Nunca”. Ficaria bom para todos! Sim, que os aficionados pelo Esporte da alta velocidade, dessem uma passadinha diária pelo “Autódromo Nelson Piquet”, visitando depois o Instituto Médico. Legal!

04-10-06

O trânsito, apesar da profusa chuva, estava no suportável. Ninguém na “costura”, apenas alguns “cozinhando o galo”, como aquele Motorista de ônibus em plena W3 norte a prestar ao seu colega do outro ônibus, um longo relatório do veículo quebrado, suponho. Isto na 2a. faixa de rolamento! Errei a entrada de acesso à DF 02, Eixão Norte. Sem ira ou lamentos, voltei pelo Eixinho, encontrando o próximo acesso.

“Lavar roupa”, (designação para freadas bruscas que no mínimo assusta com guinchados estridente, com ou sem motivos). Se hoje alguém “lavou”, só se foi em casa, no melhor estilo de pessoas educadas, mas às vezes “achegadas” a lavar o asfalto com borracha de pneus e com sangue.

Também não encontrei “arrependidos”, que mudam de direção sem que se perceba a sua intenção, e na maioria das vezes, a revelia dos planos alheios. Pra que setas de direção? Pra "cucuia" as convenções do trânsito, e a sinalização de altos custos, colocada com o dinheiro público, afim de que se evite acidentes!

Não encontrei hoje, ninguém com a mão esquerda pra fora da Van com um cigarro aceso e a fumaça entrando para o interior do veículo, denunciando o infrator. Saudades de um tempo que fiscal fazia jus ao nome, e que polícia era realmente para coibir abusos, inibir assaltos e seqüestros. Existe a sensação de que estamos à deriva, à mercê de males ao longo do caminho. Somos parados por motivos de acidentes na via, e quando não quitamos o IPVA.

05-10-06

Penso numa solução para a perigosa travessia dos Eixões nas horas de pico. Ônibus circulares nas partes Sul e Norte, separadamente, circulando nos eixos laterais, simultaneamente, de modo a cobrir as distâncias de cada área em menor tempo.

Quem cobriria as despesas deste transporte? Certamente o Governo do Distrito Federal, responsável pelo bem estar e integridade física da população, usando o dinheiro arrecadação de multas cobradas de pedestres que teimassem em atravessar o mar de carros, que poderia ser também chamado “mar vermelho” de Brasília.