A ROSA
A ROSA
Estava exausta ao sair do trabalho e tinha uma maratona pela frente, até chegar em casa. Metrô, dois ônibus e mais um trecho a pé. Não sabia a que horas ira chegar, pois esse foi um dia muito difícil.
Sentia muitas saudades do filho e estava arrependida por ter discutido com ele. Também, teimoso como ele só. Não queria ir à escola porque estava com preguiça. Recostou no banco do ônibus e procurou dormir um pouco.
Chegou a casa e viu que tinha uma luz ainda acesa. “Não é possível que Marcelo não esteja dormindo ainda. Vai ver só!” – pensou ela.
Abriu a porta e viu que era o marido, Agnaldo, que ainda estava acordado.
- E o Marcelo?
- Está no maior sono. Mas você demorou!
- Foi o maior sufoco hoje lá no escritório. E como foi o seu dia?
- Bem trabalhoso também.
- Vou dar uma olhada no Marcelo e já volto.
O quarto estava na penumbra e ele no maior sono. Deu-lhe um beijo e voltou para sair quando viu, em cima do criado, um vaso com uma rosa toda aberta e linda. E vermelha. Junto com um bilhete:
“Para a melhor mãe do mundo. Desculpe por não lhe dar um presente melhor. Feliz dia das Mães!”.
Uma rosa. Não precisava outro presente. Estava ganho o dia.
05/05/2012