"A MINHA RUA É O MEU PAÍS!"

Hoje, num momento do cotidiano, ouvi um amigo fazer a exclamação que lá acima configura o meu título: "A minha rua é o meu país!".

Achei a frase tão incrível que eu lhe pedi licença para comentá-la, algo como roubar o seu verso.

Ah, se o verbo é roubar...então está valendo a moda! Ops!

Mas confesso que fiquei um tanto preocupada com a "rua dele"...afinal, a sua rua poderia ser a minha, não é mesmo?

Temos que ser solidários!

Ele se referia ao fato de que a prefeitura recentemente recapeou a sua rua ( a parte boa da história!) porém logo nos dias posteriores a SABESP E A ELETROPAULO, portanto o Estado, a reperfurou todinha para serviços de manutenção deixando todo o asfalto artesanalmente remendado, como um patchwork a céu aberto ( a parte artística é legal, mas é a surreal da história).

E suspirando me concluiu: "A minha rua é o meu país!".

Para um bom pensador, meia rua já nos bastaria. E o que dizer dos caminhos de todas as nossas ruas?

Mas...deixemos a rua do meu amigo porque temos novidades novas, e não é pleonasmo não.

Por aqui sempre tem "novidades velhas" aquelas "ruas novas" que a gente sempre sabe como vai terminar...

OS JUROS BAIXARAM. Contam que é a parte boa da história.

Só que também tem a parte ruim: a inflação super aumentou, o custo Brasil " custo para o povo, claro!" aumentou, os preços aumentaram, a animação geral aumentou, até a popularidade aumentou, só o brasileiro ainda não se ligou. Porque a poupança despencou!

Vai ver que é por causa da campanha nacional da mídia: "cidadania, aqui a gente desliga você".

E embora a situação da minha rua não seja muito diferente da do meu amigo poeta, eu me preocupo com a minha rua que também é o meu país, embora eu já esteja mudando o meu disco, algo parecido com a mesma sensação que despertou a frase do meu amigo:" se essa rua se essa rua fosse minha...eu mandava eu mandava reasfaltar..."

Porque do jeito que a coisa anda por todas as "ruas", para nós não vai sobrar nem os asfaltos.

Isso se sobrar país para que contemos as suas boas "estórias das fadas de estrelinhas" ou cantemos as ingênuas cantigas de rodas da infância.

O que dizer então daquela ruas ladrilhadas com os "brilhantes" de antigamente?

RUAS LADRILHADAS...que vocábulo sugestivo não?

Seria um substantivo composto do quê?

De brilhantes?

Caberia aqui até um trocadilho mas eu vou ser educadamente respeitosa com aqueles que ladrilham todas as "nossas ruas"...tão abrilhantadamente brilhantes de hoje em dia.

Aquelas que norteiam os descaminhos tão esburacados do nosso país.