CONFESSANDO MEUS LIMITES

Confesso que tenho sim, algumas dificuldades em adequação ao mundo aqui fora...vejo muita praticidade, em determinadas áreas da vida, que parecem hoje ser tão normais usuais no mundo atual, não consigo aplicar na minha vida !

Não sou de tempo tão distante, sou somente amadurecida em camera restrita, pra ser mais objetiva praticamente a quatro paredes !

Conservadores eram meus progenitores, impingiam-me regras e limites que mantive "mea culpa", poderia eu ter me libertado, tive até liberdade pra isso; mais assumi um legado e nele fui tão obtusa que mesmo sem me ser imposto dei seqüencia ao meu estado de total obstinação e dedicação...é claro que tive alguns momentos de insites; provei foi bom vivi e até gostei, mais a onda da cobrança batia e eu recuava, recuei sempre; de muitos deles eu me arrependo amargamente, alguns confessáveis outros só meu travesseiro e Deus sabem.

Dos inconfessáveis parcialmente, deles falei até em rede nacional em determinada circunstância que não vem ao caso citar.

Por outro lado os que podem ser confessáveis eu restrinjo aos envolvidos, a quem e de quem sou absolutamente escrava, por força do hábito e sendo parte desta personalidade, acovardada postura que mantenho sem querer e sem encontrar uma porta de saída.

De fora avistada e tida, como: bem resolvida, altiva, ativa, feliz até para alguns...Sinto o tempo passar, quero mais da vida, sei que posso tomar sei que posso alcançar.

Tenho um mundinho secreto onde me escondo, dentro de mim; lá sou quase feliz: amo, sou amada, agito a vida e até sou agitada. Lá nem preciso dizer ao certo quem sou, o que sinto e penso, do que de fato preciso "não digo"...Penso que algo forte muito forte há de acontecer que me arrebente os grilhões...Dou asas e vida as minhas utopias e quimeras, por instantes finjo pra mim mesma que posso me soltar das amarras superar os obstáculos que sei eu mesma criei e projeto.

Tenho tido sim algumas reais e delicadas situações que me sugerem cuidados especiais, e até esperança velada. Situações que fazem meu coração acreditar que algo pode acontecer.

Mais e aí...? Essa não seria a única vez, fugir fingir que ainda não é chegada a hora, vivo o drama da quase inércia, não por inatividade, mais... por medos !