O brilho no olhar
Aquele caminhar apressado de metas e prazos, com rosto cansado e suado, denunciava um dia intenso de sol e poeira.
Numa esquina da vida, um papo descontraído sobre as coisas que vemos por trás das montanhas quebrou a rotina frenética daqueles que constroem sonhos (de) concretos.
Os 24 quadros por segundo saltaram aos olhos e, de presente, um leve sorriso. A sétima arte resgata os desejos mais ocultos e a vontade de realizar navega nas mentes mais reservadas.
O brilho no olhar fez lembrar daquele menino, cheio de dentes de leite, quando adentrou pela primeira vez no suntuoso salão de mármore carrara com o enorme lustre de cristal vindo do velho mundo:
Era tudo muito lindo, limpo e reluzente. Todas as histórias já contadas em casa, agora, faziam sentido.
De tão mágico e encantador jamais imaginava que, um dia, contaria histórias das praias numa imensa tela. Tampouco que, ao falar destas, viria em outros olhos o mesmo brilho que carrega consigo desde a mais tenra infância…