AKAKOR
TRECHO DO ROMANCE "O EGRÉGORA" COM 409 PÁGINAS SOBRE VIAGEM ASTRAL NO RECANTO DAS LETRAS EM: http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/3546234
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“Interessado em Akakor?”
A pergunta dirigida a mim terminou por aclarar minhas ideias, Romilda, a interlocutora, estava em pé do lado de fora da casa em meio a uma infinidade de plantas floridas de todas as espécies. Vestia uma túnica branca longa que lhe cobria o corpo até os pés; a vestimenta, sem gola, arredondada no pescoço tinha mangas longas e largas, não tinha qualquer bordado ou adorno especial visível.
“Sim! Bonito local você tem aqui!”
“É mais fácil fazer o nosso trabalho quando estamos longe da interferência de outras pessoas. Com o tempo você vai ver!”
“Cada vez mais acredito que tenho muito a aprender com vocês.”
“Encontrou o capacete também?”
“Sabe dele?”
“Sim! Foi a primeira coisa que encontrei. Seja quem for que o deixou lá, sabia como funciona a visão astral e como ela é atraída para as coisas.”
“Como assim?”
“Objetos metálicos enterrados por longo tempo, principalmente os de ouro ou prata criam um campo magnético à sua volta. Nossa visão aberta não enxerga os objetos e sim o campo magnético emitido por eles. Seja quem for que fez aquilo, não quis esconder com terra as peças, mas provocar o aparecimento do campo magnético. Por isso você o viu facilmente; assim o foi comigo e outros também.”
“Detectores de campo de radiestesia podem encontrá-los!” Lembrei-me de já ter lido alguma coisa a respeito e que uma empresa de Santa Catarina, a Mineoro, fabrica estes tipos de aparelhos há muitos anos.
“É a mesma coisa, apenas nossos sentidos são muito mais perfeitos, mas com esses aparelhos eles podem ser encontrados sim. Embora esses emblemas alemães fossem fundidos em cobre ou latão, aqueles são de ouro maciço; usados somente por oficiais de alta patente ou diretamente agraciados pelo Führer. Quem fez isso se desfez de um objeto valiosíssimo para provar que esteve ali.”
“O que Hitler queria ali ou dali?” Perguntei.
“Esta é uma história longa, não se sabe se os nazistas buscavam equipamentos de origem alienígena, organizavam uma rota de fuga ou mesmo um lugar para ser sede segura para um governo global taxado de New World Order. A verdade pode ficar escondida para sempre, mas com certeza ela é conhecida por alguns, há os que afirmam que nem tudo pode ser dito. Nós, ao contrário, guiamo-nos pelo princípio: Deixem a verdade ser dita, mesmo que os céus caiam! Algum americano disse isso certa vez e nós adotamos como lema. O fato é que Hitler tinha e pode ainda ter uma base na Antártica e sobre isso existem relatos até a atualidade.”
“Hitler morreu!” Me referi, pelo motivo dela ter trazido o fato para o tempo presente.
“Há controvérsias, nos anos cinquenta havia rumores de que Hitler escapou para uma base nazista secreta no Polo Sul. Atribuem a Eisenhower a frase: Não fomos capazes de conseguir uma única evidência tangível da morte de Hitler. Dizem que quando Truman perguntou a Stalin se Hitler estava morto ouviu um sonoro não. O chefe do Conselho Americano de Julgamento em Nuremberg afirmou que ninguém podia dizer com certeza que ele morreu. Isso, entre centenas de outras opiniões balizadas. Morto ou não, um poderoso Egrégora foi criado naquela época e ele está ativo e poderoso até os dias de hoje.”
Eu tinha lido algo a respeito disso na Internet e concordei balançando a cabeça.
Romilda continuou: “O provável, na minha modesta opinião, é que os enviados de Hitler estivessem atrás de objetos que pudessem ser utilizados como armas de guerra, tal como foi mostrado no filme de Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida; só que nesse caso estava procurando O Portal, uma ligação da terra com o espaço sideral.”
“E isso existe?”
“Eu acredito que sim! Se nós podemos viajar de um lugar a outro aqui na terra em milésimos de segundo; mediante certas condições. Por que também, mediante certas condições, não podemos viajar de um planeta a outro. Já ouviu falar de wormhole?”
“Sim! E também em Star Trek!”
“É... foi produzido em cima dos mesmos princípios dos buracos de minhoca ou buracos de verme. Em resumo, um continuum espaço-temporal contendo tais entidades costuma ser considerado válido pela relatividade geral; um atalho através do espaço e do tempo.”
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