FUTILIDADES........
Tive hoje uma curiosidade que nunca tinha tido, fui ver os mais lidos, os tais cem textos mais lidos da semana. Realmente todos - é meu credo sustentado na livre expressão - têm direito de lançar suas ideias, suas motivações, no que creem, no que aspiram(se aspiram), nesse torvelinho humano. Todos são iguais em direito e desiguais em ser e existir.
Estão lá nos cem mais lidos essas verdades, a diversidade anda muito ao lado de futilidades, e é recordista. Veja-se, se tantos leem tantas futilidades, grosserias mesmo, direito de expressão, é porque há um universo enorme que se iguala ao que publica e dá importância ao que lê. Mas ler é distinguir, separar, afastar o que é mediano, péssimo e ótimo em termos de conhecer e aumentar o patrimônio pessoal.
Fica claro que a comunicação alavancada pela internet via sites, redes sociais etc, faz retrato de nossa sociedade. Ninguém desconhece isso, é como a representação política, está lá o que é a maioria, o que somos.Tiriricas e cia ltda. Pura futilidade.. Como confundir representação política com palhaçada e ignorância. Irresponsabilidade? Não, ignorância do que seja representação.
A mesma coisa nos sites, como pretender valores literários maiores fora dos livros, na internet, onde a futilidade é massa gigantesca.
Sobram círculos de pessoas que vão construindo ilhas de aproximação para trocas melhores, interlocuções proveitosas.
Somas majoritárias de leituras encontrarão futilidades como símbolo.
Mas o direito de expressão permanece e a liberdade está acima de tudo, e o site tem caráter privado e regras de pessoa jurídica institucionais.
É o retrato de uma sociedade pobre de cultura, com copismos no que há de pior, do consumo norte-americano, de bens materias até á pornografia, com literatura de regionalismos restrita, ressalvados pouquíssimos destaques, como um "Casa Grande e Senzala", poesia enviesada mesmo pelos mais célebres, encimada e vencida até pelos autores de música popular, como Caetano e Chico, para só falar dos contemporâneos, já que poetas novos publicados pelas editoras são sofríveis, editoras convencionais. Livro virtual não considero edição.
Romances com muita pletora e sem surpresas, surgindo um excelente Ricardo Lísias, com " Céu dos Suicidas". Épocas passadas eram fundamentalmente mais ricas, fora a avalanche de besteiras propiciadas pelos " novos escritores " da internet, que do instrumento maior da escrita, a lingua, não sabem o mínimo, muito menos o máximo.
Mas prevalece a comunicação e a liberdade, e aqui vale tudo, liberdade é liberdade, rima com futiidade, azar para a educação, de fundo e de forma, da lingua e das ideias.....
Nosso ensino fundamental não ensina ler e treina aritmética que ao invés de somar subtrai, a academia tem disfunção de apreensão em muitos setores, e ainda se tem como ideal de partido político o mentor dessas discrepâncias como candidato ao Estado mais importante do Brasil em sua capital.
É o Brasil da futilidade que tem, contudo, a seu favor, o maior bem, A LIBERDADE. Por ela um dia se chegará a alguma coisa.....