A calma da noite
 
            Tudo silêncio.  Não se ouvia a barulheira infernal das cidades.
            O mundo mudou para pior, bem pior.  O desrespeito pela sociedade parece ter tomado conta de tudo.  Não parece, tomou mesmo.
            É só aqui?  Todos fazem a pergunta.  Não.  O mundo caminha por trevas.  Estas vias obscuras parecem ter tomado conta em definitivo do poder.
            É o crack amaldiçoado, o sintético químico que mata aos poucos, sem ninguém perceber.  O ecxtasy arrebenta tudo, corpo e alma.  Mas tem cada vez mais adpetos, que não tomando conhecimento da acumulação progressiva no corpo, usam indiscriminadamente a droga que deixa a boca seca.
            É o mundo que se vive hoje, não por todos, mas por minoria que pode contagiar.  Era o que acontecia com o casal que não passava dos vinte e cinco anos de idade.  Bebiam água, muita água.  Os sensores cerebrais haviam perdido o controle sobre o corpo.  A casa da balada permitia que tal fato acontecesse.  Assim é no mundo inteiro.  Parece que os jovens, especialmente os que não foram educados com carinho por pais e mães, perdem-se no aparente mundo encantado.
            O mundo é assustador e maravilhoso, ao mesmo tempo.  Será que é fato de hoje?
            Tudo leva a crer que não.  O mundo mudou.  Impossível saber, se no silêncio da madrugada, estamos descansando, dormindo ou não.
 
            Para muitos, as noites altas são feitas visando o descanso.  Muitos, e não são poucos, gostam de aproveitar o período para produzir.
            Suave é a noite, de Scott Fitzgerald, é um dos exemplos.
            A noite é tranquila. Pode sim, pode não.  Afinal, é uma questão de gosto. Nada mais.              
 
Jorge Cortás Sader Filho
Enviado por Jorge Cortás Sader Filho em 02/05/2012
Código do texto: T3645352
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