Reprodução/ Rede Record
CAÍDA NO BREJO, O NOME DA VACA
Foi o Diógenes que batizou o animal, vaca caída no lamaçal da aguada, à beira do brejo. Aquele rapaz era um filósofo, não daqueles da lanterna acesa em pleno dia em Atenas, a procurar por um homem. Compunha ao violão, nomeava o gado de acordo com as cores, nuances, ao modo Guimarães Rosa, e pelo histórico de cada animal. Era, o nosso companheiro, falto de entendimento, com pouco juízo. Mantinha uma estatística de que em cada fazenda daquelas regiões, havia um “Bobo”, junto a tantos outros. Mão de obra grátis, sem nenhum problema. Mas, já havia a CLT, algo positivo da Ditadura Vargas que amedrontava os patrões. Hoje, defeca-se sobre essa Lei trabalhista. O toma lá, dá cá, afrouxou os apertos para os lados dos empregadores, e mais que nunca, vemos campos de "concentração" por aí. O que não falta é inspiração escravagista nesta terra! O Diógenes, porém, tinha seu quarto onde decansava da lida diária, bastante decente.
O tempo seco deixava o gado sem opção de bebedouros, reduzindo a poucos e perigosos, estes locais de refrigério, à beira do tremedal, prestes a tragar mais uma rês sedenta no limiar da morte. O animal atolado, teria poucas chances de recuperação, mesmo que fosse bem tratado, colocado em estaleiros, alimentado com ração animal, especial.
Passaram - se alguns dias e a vaca, lá, deitada em posição decúbito ventral, e a situação só piorava. Mas, um milagre acontece. O enfraquecido animal, à noite, se levanta de seu leito de morte, e se junta aos demais bovinos, o que se nota naquela manhã. “Caída no Brejo”, lá estava, de pé, meio que espantada, a dizer a todos, ali, que desta vez havia escapado dos urubus, e que se deveria tomar mais cuidados, antes que “a vaca fosse pro brejo” , numa próxima vez. E aí sem nenhuma chance. Que vaca mais lúcida!
CAÍDA NO BREJO, O NOME DA VACA
Foi o Diógenes que batizou o animal, vaca caída no lamaçal da aguada, à beira do brejo. Aquele rapaz era um filósofo, não daqueles da lanterna acesa em pleno dia em Atenas, a procurar por um homem. Compunha ao violão, nomeava o gado de acordo com as cores, nuances, ao modo Guimarães Rosa, e pelo histórico de cada animal. Era, o nosso companheiro, falto de entendimento, com pouco juízo. Mantinha uma estatística de que em cada fazenda daquelas regiões, havia um “Bobo”, junto a tantos outros. Mão de obra grátis, sem nenhum problema. Mas, já havia a CLT, algo positivo da Ditadura Vargas que amedrontava os patrões. Hoje, defeca-se sobre essa Lei trabalhista. O toma lá, dá cá, afrouxou os apertos para os lados dos empregadores, e mais que nunca, vemos campos de "concentração" por aí. O que não falta é inspiração escravagista nesta terra! O Diógenes, porém, tinha seu quarto onde decansava da lida diária, bastante decente.
O tempo seco deixava o gado sem opção de bebedouros, reduzindo a poucos e perigosos, estes locais de refrigério, à beira do tremedal, prestes a tragar mais uma rês sedenta no limiar da morte. O animal atolado, teria poucas chances de recuperação, mesmo que fosse bem tratado, colocado em estaleiros, alimentado com ração animal, especial.
Passaram - se alguns dias e a vaca, lá, deitada em posição decúbito ventral, e a situação só piorava. Mas, um milagre acontece. O enfraquecido animal, à noite, se levanta de seu leito de morte, e se junta aos demais bovinos, o que se nota naquela manhã. “Caída no Brejo”, lá estava, de pé, meio que espantada, a dizer a todos, ali, que desta vez havia escapado dos urubus, e que se deveria tomar mais cuidados, antes que “a vaca fosse pro brejo” , numa próxima vez. E aí sem nenhuma chance. Que vaca mais lúcida!