Em defesa dos baixinhos

 

 

Sou baixa, mas o interessante é que nem sempre foi assim. Quando criança, no primário, eu ficava lá no fim da fila. Devo ter crescido antes da hora, depois estacionei. Puxei pela família do meu pai, quase todos baixos. E morria de inveja de mamãe que era mais alta do que a média das mulheres de sua época. Meus irmãos me ultrapassaram, meus filhos também. Mas nunca cheguei a sofrer por isso, nem tive qualquer tipo de problema por causa da estatura no decorrer da minha vida. Agora li uma matéria (baseada em fontes científicas) que diz que as pessoas mais baixas levam desvantagens. Entre elas que os adolescentes mais baixos participam menos das atividades sociais. Que as pessoas mais altas têm mais anos de escolaridade, que cinco centímetros a mais na altura equivalem a um salário maior. E o mais esdrúxulo: que as pessoas mais altas são mais inteligentes e quanto maior a altura de um homem, mais feliz ele é!

 

Não concordo de jeito nenhum! Fui uma adolescente pra lá de participante das atividades sociais. Nunca deixei de ser convidada, nunca perdi uma festa. Vivia sempre (e ainda vivo) rodeada de amigos. Quanto aos anos de escolaridade, tenho mais do que muita gente. Jamais ganhei menos do que meus colegas de profissão, fossem eles altos ou baixos, de olhos verdes ou azuis, cabelos lisos ou crespos, gordos ou magros, feios ou lindos de morrer. Conheço gente alta (quase todo mundo é mais alto do que eu) insípida, sem vida, às vezes até meio lerdinha...

 

Quanto à felicidade hahaha! Sou baixinha mas sou feliz, mais baixo é quem me diz!!!

 



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