ESCREVER É TERAPIA.
Jung de certa forma afastou as teses de Freud. Após acercar-se das convicções freudianas com ele rompeu. E introduziu no tratamento dos psicóticos as artes, plásticas. Fugiu do "id" ficou mais com o "ego". Tinha razão.
A ocupação dava o tom de alavancar uma nova estrada.
Na vida duas são as imposições para um viver saudável, amar e trabalhar. Lógico que estes dois fatores motivam, ocupam enfim.
Escrever, obrigação de alguns em suas atividades, sobrevivência que se junta à cientificidade que orienta a sociedade em várias atividades, é, também, lazer ocupacional. Desse passo secunda a tese junguiana ainda que não seja plástica a atividade, mas ocupa, e muito.
A internet hoje mostra essa faceta da inclinação. Leio com frequência o extravasar esse lado na máquina que se volatiliza na antena e não só ocupa como aproxima, embora minimamente, deconhecidos.
Tristeza, sofrimentos agudos, frustrações de todos as formas são deitadas no teclado no correr das confissões. O tom confessional encontra abrigo, muitos se solidarizam com compreensíveis quedas emocionais, perdas doídas, pretensões não alcançadas, um oceano de emoções, o crepitar permanente das labaredas da alma na fogueira desse Vale de Lágrimas.
A necessidade de “botar para fora”, como referido por vários textos, na “necessidade de escrever”, é a marca lacrada de verdade dessa outra e enorme utilidade da máquina.
Ninguém veio ao mundo só para festas....
Deixo neste espaço, o único em que escrevo na internet, parte da TAMBÉM NECESSIDADE que tenho de botar para fora o turbilhão de caminhos pelos quais trafego, credos, educação em gênero, emoções, viagens, e até ciência, local em que me comunico com os que pedem, frequentem ou não o espaço, publicando até mesmo matérias complexas.