DEUS-COMPANHEIRO (AOS TRABALHADORES)
Vejo Deus na face de um operário.
O Carpinteiro-Deus que mostrou o rosto de povo; cheiro de gente e Sangue de Cordeiro.
Deus, que ouviu a oração de bêbados e prostitutas;
Deus, que estendeu as mãos para os marginais da religião;
Deus, que desprezou os templos;
Deus, que denunciou os manipuladores da fé alheia;
Deus, que exaltou os fracos, os débeis, os que choram, os que sentem e os que clamam.
Deus, que fez de um "desprezível samaritano", herói... digno do Reino.
Deus, que abriu mão dos palácios e preferiu as taperas das periferias.
Deus, que rejeitou as ofertas do poder político e preferiu as filas dos desvalidos.
Deus, que viveu a dor da traição;
O vazio do abandono;
A fúria dos dominantes;
E o frio do desprezo.
Deus-Menino que perdoou os agressores;
Deus-Gente que sentiu a dor da morte.
Deus- Homem que venceu.
Deus-Carpinteiro que voltou.
E o Deus-Operário, que promoveu a maior reforma social de todos os tempos: A Revolução do Amor.