PLEONASMO DOS FALIDOS 2012
O ano se inicia pós-moderno em vida, poesia e arte. Não há nenhuma porta aberta além da porta dos pixains... Tudo é porta para os seres dos atuais portais – vivos ou mortos. Nada há pra fechar a porta da Poesia. O portal cibernético também não é mais novidade. Porta, portais, poesia e poetas, portões públicos e privados. A “Primavera do mundo árabe” quebra antigos paradigmas, alcorão e burcas. O mundo é uma zorra por todos os lados: Ptolomeu, Pilatos e Prometeu estão prescritos, agora é Putin. Berlusconi, na Itália, quebra a sua portalada fatal: foda-se! O euro tenta salvar-se – podendo e fodendo – como sempre, os fatais desfavorecidos. O que mais poderia fazer além do piso e previdência? Nem a Poesia segura o “efe” dos falidos. Fica uma única vontade: a de falimentar-se na Arte. Como se isso fosse factível...
– Do livro A POESIA SEM SEGREDOS, 2012.
http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/3639117