A Lei da Penumbra (Lei das cotas raciais)
Já faz mais de dez anos que existe a Lei das Cotas Raciais no Brasil.
Esta lei estabelece a garantia de cotas em universidades públicas e privadas, em benefício aos brasileiros afrodescendentes, garantindo-lhes o direito de estudar em tais instituições, no intuito de igualdade social, segundo seus criadores e apoiadores.
De acordo com a própria lei, para que o cidadão se beneficie disso, precisa se declarar negro ou pardo, e "provar" tal afirmação através de uma foto anexa ao processo.
Particularmente me sinto um tanto ofendido com um país que cria uma lei dessas. Sim, eu sou afrodescendente, e de certa forma um potencial beneficiário de tal projeto. Então, que visão a população sente em tal projeto?
A impressão que temos é que trata-se de uma segregação racial, à qual define que "preto é pobre" e "branco é rico".
A famosa lei também não define critérios claros sobre como avaliar a cor de alguém. Por isso usei o termo "Lei da Penumbra".
Também é fato que se Michael Jackson estivesse vivo estaria fora das cotas, pois era negro e ficou branco por causa do vitiligo e porque em teoria, alisou seus cabelos.
Não podemos esquecer personagens clássicos do humor como Azambuja, de Chico Anysio, no qual o mestre do humor pintava sua pele com a cor negra. Este com certeza teria sua cota garantida.
O que a população espera de fato não são cotas de cor, e sim meios que os possibilitem de chegar à universidade com suas próprias pernas. Em outros casos talvez cotas seriam interessantes, mas cotas sociais, as quais expressariam apenas as condições econômicas como reais empecilhos na vida do potencial estudante.
Ainda acreditamos no Brasil, mas quando vislumbramos leis dessa categoria, sentimos uma imensa tristeza.