O Chamado

Era uma pessoa legal.Apesar de indefinido,era legal.Tinha milhões de formas,suas características eram as mais abrangentes,sempre se contrapunha as suas idéias passadas.Tornou-se escravo de si mesmo.Chegou um tempo em sua vida que não suportou a pressão e caiu dentro de si.Era uma manhã linda,saio de casa com a mesma forma,delicadeza,simplicidade,arrogância,medo e fragilidade,onde passava deixava nos olhos de quem olhava um brilho de admiração.Era legal!Nesse mesmo dia,o céu estava escuro,o sol que raiva todos os dias até nos dias chuvosos parecia não ter acordado,a ficha de que não era herói chegava a porta.Mas não tinha ninguém com um poder maior para reparar e dizer algo.O dia estava confuso,tão confuso que decidiu se confundir mais lendo Lispector.A hora passava,os segundos corriam e não conseguia entender,posso dizer que era uma pessoa contraditora.Até que num toque de estranheza,pega uma caneta e um papel e começa a escrever,sua primeira palavra foi: afogamento.Quando escreveu está palavra parou e chorou.Depois de um tempo percebeu que tinha uma pérola em suas mãos,era um texto normal até Lê-lo.Sua literatura era um pouco de Quintana com Drummond,tanto inteligente quanto contador,mas mesmo assim sua dor não passava.

Passaram-se anos,e a pessoa continuava sofrendo,era algo que nunca cessava,não era normal!Era uma pessoa tão delicada ao ponto de chorar ao deixar de falar com alguém.

Nunca entendia seu interior,até que encontrou empoeirado um velho texto chamado: Mar.Mas grande,leu e entendeu o que escreveu,deu um sorriso,virou de página e escreveu,e até hoje não entende-se,mas escreve

Arthur Montenegro
Enviado por Arthur Montenegro em 27/04/2012
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