Engasgo

Engasguei com o sangue que fugia de meu corpo

Mãos trêmulas, olhos vazios e coração escurecido

Assim descobri-me entre laringe da ignorância

Entalada em acumulado orgulho e arrogância!

Cansei de bancar a boazinha

Não irei sorrir e diz tudo bem

Não está tudo bem!

Apodreço no caos imaginário que eu mesma criei...

... quanto maior o tempo, menor a alegria, mais lágrimas, menos risos, mais dor!

Queria repousar tranquilamente no Teu esconderijo,

se olhásseis pra este verme aqui, água jorraria novamente!

Mas árido deserto n'alma se fez! A quem recorrerei?

Sou ovelha desgarrada, ferida pelos espinhos da vida, manchada de sangue inocente, que se entorpece para fugir do sol, que queima a pele e a tosta sem piedade!

Ai de mim!

Ai de mim, sem Ti!

Tem alguém aí?