Rápido diálogo entre conterrâneos...
CENÁRIO: Banco de praça
PERSONAGENS: Eu, Sra. Severina, Sra. Antonia, filha da Sra. Antonia, filho da Sra. Antonia...
Parado estava eu nas proximidades de um banco de uma praça próxima à Igreja Matriz de uma cidadezinha do interior nordestino, acompanhado do jovem Manoel, filho adolescente da Sra. Antonia, que, sentada no banco mantinha animada conversa com sua comadre, Sra. Severina.
Atento, como sempre fico, na ânsia de captar 'causos' interessantes para postar aqui no nosso RL, ouví:
--- Poizé, cumadri Biina! Num é qui onti eu tava difronti a Igreja cum minha fia Tuninha i a cumadri Zefinha cadela. Cunversamo bastanti i quandu levantei prá si i imbora, dei arguns passus e topeidando com a vara de tocagado derreando nu chão. Um sordado que empestava nem fédeu...
Estupefato, virei-me para o jovem ao meu lado e indaguei:
--- Caramba Manoel! Pouco entendí do que sua mãe falou...
O garoto esboçou um sorriso e respondeu:
--- Mainha foi clara, dotô! Contô prá tia Severina que ontem estava em frente a Igreja com minha irmã Antonia e a tia Josefa também lá estava com a filha dela. Ao se levantar prá ir embora, tropeçou numa vara que usam para tocar o gado e caiu no chão. Um soldado que por lá estava em pé nem deu conta do ocorrido para socorrê-la...
Concluí:
... Mais claro do que isso, impossível!