Gaby Amarantos, Ex my love

A paixão começou quando ouvi o Ex my Love na trilha sonora da novela Cheias de charme. Ah, tá, sim, vejo novelas, futebol, Fala que eu te escuto, Jô Soares. Eu não me escondo do mundo, não corro dele e nem o estranho. Não porque todos digam, preguem, ensinem, que eu falo de liberdade, de democracia, de civilidade, de diversidade. Não por isto, mas porque estas coisas sempre habitaram o meu coração. Apesar das diversas travas que me foram impostas durante a infância e a adolescência.

Retomando o fio da meada de Ex my Love, depois veio a oportunidade em que avistei a fachadosa Gaby Amarantos no programa da Xuxa. Fachadosa pra nós, em Sergipe, não é palavra pejorativa. Fachadosa não é a antiga espalhafatosa, mas um adjetivo que se aplica a uma pessoa que se apresenta artisticamente, vistosamente.

Fiquei com Ex my Love ligado direto nos meus ouvidos, no meu cérebro. E nem tento desligar. Na hora H, não sei bem se prefiro ouvir a canção ou ver as cenas da novela. Segui pensando na Gaby, do mesmo jeito que penso no Teló, no Luan Santana e tantos outros. Ah de novo. Já sei que vão dizer tantas coisas, pois que as digam. Sigo gostando e ouvindo. Não ouça você. Nem continue lendo. Como diria o Crô: UHHHHHHHHHHHHHH

Não só a música ficou em meus ouvidos, como a figura da cantora paraense ficou em minhas retinas. Foi assim que, pelos imprevisíveis caminhos da vida, encontrei Gaby dando uma entrevista a Marília Gabriela em vídeos do Youtube. Aí deu-se o caso, confirmada a paixão. Agora virei tiete, fã. Falta só a carteirinha.

Aquela moça em vermelho e preto, com um adereço nos cabelos, mais parecia uma dançarina de flamenco. Mas falemos de outras coisas e pra quem gosta de testar a inteligência dos outros. O que vi foi uma moça que, além de bonita, é agradável, educada, politizada, consciente e conscientizadora. Demonstrando fluência no uso de uma linguagem correta e simples, colocando com desenvoltura os termos em seus devidos lugares no texto oral. Ali estava, sentada diante de uma jornalista conceituada, uma verdadeira lady que demonstrava nas entrelinhas do seu discurso, não apenas elegância, mas também haver recebido uma formação familiar de qualidade. Uma figura centrada, simples e pura que consegue tornar de extrema elegância o visual que denominam brega. Um show de autenticidade.

Outro dia li um depoimento de alguém comentando em site da Internet sobre a letra de Ai, se eu te pego. Dizia o comentarista da pobreza da letra e da imbecilidade da música. Fiquei pensando em quão pobre é a compreensão desse manifestante. Fiquei imaginando quantas boas e animadas aulas eu daria a alunos adolescentes a partir das letras de Ai, se eu te pego e Ex my Love. Então, que fiz? Treinei a aula, ministrando-a para meu filho e minha nora. Estávamos na estrada, viajando, e eles adoraram aquela aula. Também lecionei a disciplina Métodos e Técnicas para o Ensino da Língua Portuguesa e foi com esse conhecimento que planejei a aula. Pensei em demonstrá-la neste texto. Entretanto, justamente para evitar que o texto canse o leitor, e deixe de ser uma crônica, a aula fica para outro dia.

taniameneses
Enviado por taniameneses em 27/04/2012
Reeditado em 27/04/2012
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