PESQUISAS CONTRA CORRUPÇÃO

Leio regularmente jornais e revistas desde os 12 anos. Há uma razão maior para isso, comecei a trabalhar com meu pai em uma banca de jornais com essa idade. De lá para cá, isto é, nos últimos 50 anos, talvez dê para contar nos dedos uma edição jornalística, em que não haja uma notícia sobre corrupção em governos e instituições em nosso país. Corrupção, corruptos e corruptores são frequentadores assíduos das páginas dos jornais do país, desde longa data. Sem falar, que mesmo antes, creio desde o descobrimento, relatam-se casos mais ou menos escabrosos dessas práticas não saudáveis. A sociedade cobra educação, combate a impunidade, atuação mais forte da justiça com agilidade nos julgamentos e penas mais longas, transparência nas licitações e por aí afora, mas a praga avança incólume. Levanto agora a tese, de que talvez a corrupção seja uma mutação genética causada por vírus, que está instalado no DNA dos brasileiros. Seria então um mal genético que só com pesquisas aprofundadas e investimentos pesados, inclusive pesquisas em células-tronco, poderia ser finalmente dominado. O tal vírus poderia ter-se originado da miscigenação entre as diversas raças que aqui aportaram e aportam e sofreria mutações transgênicas a cada intervalo de tempo, sendo profundamente adaptável a qualquer novo sistema e/ou norma de controle implantada. Teria ainda, atacando o sistema nervoso central, a capacidade de eliminar o sentimento de indignação, daqueles que não sofressem do mal principal. Talvez essa tese seja estapafúrdia mas o vírus está cada vez mais presente e atuante e alastra-se como nunca antes na história deste país. Algo precisa ser feito e creio, todas as possibilidades devem ser investigadas. Talvez essa da genética, seja apenas mais uma delas. Quem sabe dê certo, ou para nosso desespero ou alívio, as pesquisas e seus resultados indiquem, que é um mal crônico provocado por vírus impossível de ser diagnosticado e controlado. Assim pelo menos pararíamos de sofrer em torrentes, ou melhor, em cachoeiras.