Por escrever para o Pravda, alguns julgam que sou socialista radical ou mesmo comunista.
Um erro. Tenho sólida formação democrata, onde todos, todos mesmo e não constitucionalmente, são iguais perante a lei. Qualquer cidadão, ainda que ocupe a presidência da República, não pode ter foro privilegiado se comete crime comum. Se ele é peculato e assemelhados, continua valendo a regra que o acusado deve responder em primeira instância, como qualquer cidadão brasileiro.
O foro privilegiado só alcança os crimes de responsabilidade, onde o autor fez ou deixou de fazer ato da sua exclusiva competência que prejudica o povo.
Segundo penso, o socialismo liberal, com a forma parlamentar, sem a figura estranha do presidente da República, é a ideal. O Primeiro-Ministro, com o seu gabinete, governam a nação dentro da maior democracia possível. Este fato dá estabilidade ao sistema, que se posto à prova, resolve o problema com o voto de desconfiança.
Aprovado pelas casas do Congresso, ou mesmo só uma, onde deputado se confundiria com senador, acumulando as tarefas de assistir ao bem do povo, e consequentemente ao do seu estado da Federação, o Primeiro-Ministro cairía com o seu gabinete, sendo votado pelo congresso outro. Não acaba com as famosas crises, mas elas ficariam bem menos prejudiciais ao governo da nação.
O Primeiro-Ministro seria o parlamentar mais votado do partido vencedor das eleições.
Parece não haver nada mais democrático. O povo, organizado e pela sua maioria, manda; os seus representantes cumprem a decisão.
Procedimento que não pode ser elidido é o plebiscito. No meu entender, é a mais forte arma popular contra os abusos dos poderes constituídos, embora tal ponto de vista seja fortemente refutado pelos dignatários da nação. Alcançado número de eleitores que assinam o plebiscito, a ser regulado pela lei, levando em conta se ele é federal, estadual ou municipal, a decisão popular deve ser cumprida, pena de perda de mandato de qual seja o funcionário da nação.
Estas são as realidades atuais do mundo político.