No Sebo do Ismael fui ver o filme Xingu, do Cao Hamburger (Ismael na qualidade de sogro do jornalista global Chico Pinheiro, consegue esses filmes e os projeta pra nós, traças do Sebo. Nesses encontros semanais do café literário do Sebo, é digno de registro que café só mesmo nos cafezais que avistamos nas colinas da Mantiqueira. Aliás, Ismael e Elizeu, meu sogro, incentivados pelas destiladas Moreninha e Amélia, tecem loas exageradas aos genros que lhes proporcionam momentos culturais de bom nível. Sogro puxa-saco é coisa sacal, mas fazer o que? Espero que o bom Deus clemente me poupe desses micos, mesmo porque não tenho filhas, embora me esforce com afinco. Enfim...).
Os atores José Miguel, Caio Blat e Filipe Camargo) que fazem o papel dos irmãos Vilas Boas são excelentes. As locações, os atores indígenas, a beleza do ritmo e das paisagens, tudo é muito bem feito. O filme é bom e positivo, mas para mim que mesmo tendo pouco conhecimento daquelas aldeias, sei que a realidade atual do Parque Xingu não é nada tão garantido e positivo. Afinal, aquilo que os irmãos Cláudio e Orlando Vilas Boas discutiam nos anos 50 e 60 que integrar os índios era pôr em risco as suas culturas e até suas vidas, continua ainda muito atual hoje. Basta ver o crime que é a hidroelétrica de Belo Monte nas terras indígenas (exatamente ao norte do Xingu) e a cultura extensiva da soja que ameaça todas as terras do Mato Grosso. Uma recente pesquisa do governo revelou que em 80% dos municípios brasileiros, atualmente, tem algum grupo ou comunidade indígena registrada como tal. É muito mais do que eu pensava. E a situação desses índios (a maioria já integrados na sociedade e vivendo nas periferias) é péssima. Felizmente, muitos estão conseguindo voltar à sua cultura original e retomar a vida comunitária. Não como quem recua para o passado, mas como quem diante dos desafios de hoje, se abriga em uma cultura ancestral. Oxalá a sociedade brasileira, neste abril dos Índios e Tiradentes se dê conta disso e se mobilize a favor dos índios e da terra.
Os atores José Miguel, Caio Blat e Filipe Camargo) que fazem o papel dos irmãos Vilas Boas são excelentes. As locações, os atores indígenas, a beleza do ritmo e das paisagens, tudo é muito bem feito. O filme é bom e positivo, mas para mim que mesmo tendo pouco conhecimento daquelas aldeias, sei que a realidade atual do Parque Xingu não é nada tão garantido e positivo. Afinal, aquilo que os irmãos Cláudio e Orlando Vilas Boas discutiam nos anos 50 e 60 que integrar os índios era pôr em risco as suas culturas e até suas vidas, continua ainda muito atual hoje. Basta ver o crime que é a hidroelétrica de Belo Monte nas terras indígenas (exatamente ao norte do Xingu) e a cultura extensiva da soja que ameaça todas as terras do Mato Grosso. Uma recente pesquisa do governo revelou que em 80% dos municípios brasileiros, atualmente, tem algum grupo ou comunidade indígena registrada como tal. É muito mais do que eu pensava. E a situação desses índios (a maioria já integrados na sociedade e vivendo nas periferias) é péssima. Felizmente, muitos estão conseguindo voltar à sua cultura original e retomar a vida comunitária. Não como quem recua para o passado, mas como quem diante dos desafios de hoje, se abriga em uma cultura ancestral. Oxalá a sociedade brasileira, neste abril dos Índios e Tiradentes se dê conta disso e se mobilize a favor dos índios e da terra.