Grupos Anônimos
Meu ideal sera escrever não apenas para preencehr os vazios demográficos que circundam a minha vida. E que, mesmo se a minha terra fosse a mais inabitada possível, eu ainda pudesse concretizar um poema lírico daqueles grupos de sonhadores anônimos cativos. Estas palavras fariam com que cada reunião fosse o subterfúgio dos acomodados, uma lembrança para os esquecidos, uma escadaria àqueles que foram deixados pra trás, e quiçá uma vitória-régia aos fracassos.
O lápis rabiscaria por si só no papel cada chama que se esvaísse das gélidas impressões que nos afirma o destino, e que fizesse até o cego enxergar as sábias demonstrações de um outro sonhador que nunca soube de nada. Escrever seria nada de tão denso e pegajoso que não fosse um épico das encruzilhadas na vida de meus colegas do grupo "Herrar É Humano Anônimos"; destas trilhas imaginárias - se não muiot imaginativas - que a gente cria para ficar mais amigo da esperança (minha sogra que me perdoe, mas me refiro à crença emocional). Por ventura, seria escrever a confusão de histórias mais extraordinariamente real que alguém pudesse ler...até memso para os meus amigos de Marte! Pois estaria disponível para todas as espécies, livre de qualquer cadiado, limitação ou discriminação.
Sendo Assim, escreveria o plano B pra quem já se perdeu no caminho, o máximo denominador comum entre dois números naturais, um relógio analógico de horas infinitas pra quem já as viu passar tão depressa e sorrateiras no tempo. Mas a verdade é que frequento vários grupos anônimos para cada faculdade mental que pude ser jubilada. E o único bilhete que escrevi foi para notificar meus colegas de reunião: "Caros amigos do Sonhadores de Plantão Anônimos, escrevo-lhes pois decidi deixar o grupo para escrever algo que possa exceder a nossa imaginação". Acredito pertencer ao grupo dos humanos - por vezes anônimos - onde posso sonhar com sorvete de framboesa e conseguir sentir o seu verdadeiro e simples sabor deleitante, ao adentrar a sorveteria do Geraldo.