Aikidô!

Em plena madrugada nada poética,chove uma chuva fina que em outra situação até poderia me inspirar a relaxar,mas não hoje.Não agora.

Estou praticando Aikidô.Luta marcial? Nada disso;acordei com uma febre danada,a garganta doendo muito,e até os fios de cabelo doem.Já me automediquei;sei que correto não é, mas a essas horas da madruga dar baixa em um pronto socorro do SUS no mínimo vou encontrar um cidadão

revoltado por ter que olhar na minha cara,e que vai no mínimo me indicar

uma daquela injeções beem dolorosas só pra me sacanear.Ah, mas há toda uma ética médica...Há sim, mas em todas as profissões há pessoas cuja única ética é pensar no que é vantajoso para si próprio.

Respeito profundamente a classe médica,como respeito à mesma proporção todos os outros profissionais.Mas sejamos realistas:há médicos e "médicos"... Outro dia,tive uma infecção no ouvido,das brabas.Fui ao pronto socorro o (com perdão dos animais),o que me atendeu,colocou um

aparelho de metal no meu canal auditivo com tanta força que me arrancou lágrimas,olhou cinicamente para mim e perguntou de forma "sarcanástica"Um mistura de sarcasmo com a outra palavra que não é bonita):doeu? Eu nem o enxerguei de tantra dor e raiva,mas não ia adiantar expressar minha raiva então me calei.Ele me receitou uma injeção daquelas à base de óleo,acredito que tenha sido de pura maldade,porque era feriado e ele não parecia muito satisfeito de estar ali.Agradeci,me dirigi à outra salinha e uma enfermeira com uma cara não muito mais satisfeita,me aplicou uma coisa, que naquele dia eu entendi o que era maldade.Detalhe: eu havia ido sozinha ao PS,a pé porque meu marido não estava em casa,e eu sou daquelas pessoas que só chamo alguém para me ajudar nesse sentido se eu realmente não puder andar.Eu me vi com a perna travada,parecia que havia uma lâmina destruindo meus tecidos musculares.Eu tentei andar e não foi fácil,saí chorando pelas ruas,arrastando a perna que não obedecia oa comandos motores e com muita revolta!Agora ir à pronto socorro só se eu não puder dizer não.Desculpe-me se alguém que é médico lê isso em algum momento,eu sei que há médicos decentes,e algumas vezes eu já estive com minha vida literalmente nas mãos de profissionais médicos maravilhosos.Eles consertaram meu coração impedindo que hoje eu estivesse ou morta ou a caminho disso.Serei grata a vida inteira a esses instrumentos de Deus.Mas também já me deparei com uns que não merecem ter o título de médico.Desses tenho pavor.

Fiz um chazinho bem quente de gengibre e alho,e restou tomando aos poucos enquanto tento disfarçar as dores.Mas cada célula do meu organismo grita:dor, dor, dor! Sono eu sei que é impossível,então tentei

abrir o computador para dar uma espiada,só para não desacostumar.rsrsr Mas continuo determinada a não ir a lugar nenhum por enquanto...A febre cedeu,acho que é minha garganta que está inflamada,se piorar eu irei,mas não de madrugada para ser vítima do que já fui!Mas por favor,eu reconheço que estou errada,nunca se deve tomar nada sem prescrição médica, mas esse tipo de médico que me atendeu outro dia,eu dispenso e assumo meu risco.Detalhe:o medicamento que usei já faço uso dele devido ao meu problema de fibromialgia,quando as dores ficam insurportáveis,e até que aliviou um pouco.Mas sei que hoje será um dia in teiro de "Aikidô!" Isso é mau...

É trágico!

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 22/04/2012
Reeditado em 22/04/2012
Código do texto: T3626413
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