Olhos contemporâneos

Andava-o em círculos, em uma jaula de paz, um viajante desliga-se do seu modernismo, atravessa o mundo, voltas constantes, aleatórias contrárias, parava num ciclo, bebia o seu tinto, fumou um cigarro, apagou o sol, curtiu um som em seu óculos de grau, não foste cego, era círculos enxergar, andando por si, vivendo por tudo, senta em seu sofá Saara, não queima a sua paz, assiste poeira, em televisão congelada, do outro lado do ártico, noutra realidade, imaginou... a fome em nosso mundo, reviveu a guerra em sua mente lúcida, estática, sozinho andava, sem mãos alheias, cuidava de suas pernas, dos próprios passos, seus círculos, lia seu jornal enferrujado do tempo remoto, mas estranho o atual, era o seu forte, notícias de pessoas modernas, bagunça capital, contradições, conspirações, um sorriso sarcástico relevante à todos...já no leste oriente, via a lua nascer primeiro que os continentes, Everest acima, tocava seu violão, acústico original, fotos para a mídia, do círculo antártico, mais uma volta, abria seu paraquedas, sobre o pulmão verde do ocidente sul, embora perto, todavia longe, curtiu um globo, outros costumes, inversa real, nadou em mar, fugiu dos seus medos, relíquias, realidade, desejos, objetivos sólidos, natureza, sonhos, um mundo visto por um ângulo extremo, atravessado em círculos, trópicos, acerca, uma volta à esfera em oitenta segundos.

Doni Pereira
Enviado por Doni Pereira em 22/04/2012
Reeditado em 22/03/2013
Código do texto: T3626232
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.