FAZER JUSTIÇA...
Fazer justiça tem definição incomparável do Bispo de Hipona, Santo Agostinho : “Dar a cada um o que lhe é devido”. Era uma das definições luminosas de quem nos idos de 386 da era cristã, chorava aos trinta e dois anos nos jardins de sua casa procurando resposta definitiva para o sentido da vida que lhe veio em forma de mensagem grafada.
Sua visão de ser justo é a equação pela qual se atingiu, conquistando, no curso das construções do pensamento, as liberdades públicas,e se instalou o sistema representativo sob vários caminhos político-ideológicos, buscando-se atingir o que seria, é condicional o verbo, a democracia. Conseguiu-se um avançao, não o fim maior, o bem comum pleno.
Sem justiça não há realização do direito e o direito existe para realizar-se.Ele antes de habitar a lei nasce do princípio natural, direito natural de todos nós,.
Sob esse aspecto, caminhamos em processo lento das trevas para luz, mas caminhamos, melhorando aos poucos, nos ensina a história com as conquistas que superaram grandes martírios de subjugação.
A esperança pontifica, não deve ausentar-se das grandes cerebrações do pensamento externadas pelos grandes mestres a que nos curvamos.
Existem pontuações recentes visíveis nessa caminhada.
A eleição de Obama em país onde a discriminação da cor sempre foi padrão; o regime híbrido comunista-capitalista emergindo da China que está culminando no sentido econômico, embora com as grandes distorções que conjugam dois regimes antagônicos historicamente, a mentira do comunismo que cede diante da economia de mercado; a invasão da Europa pelos clandestinos com origem de berço fazendo alarde de seus direitos ,legítimos como pessoas, mas desestruturando cidades organizadas, em pleito de justiça paradoxal, forjada na força que desmerece o discurso.
Fazer justiça é simples, mas de processo complexo, basta distinguir o certo do errado, o que qualquer do povo tem aparelhamento para avaliar.
Quando se mostra o “errado” de forma eloquente e significativa, por imagens que “falam por si” e “chocam”, é impossível de ser superada a feitura de justiça, não há como não se fazer justiça. Mas os injustos resistem, embora acossados pela publicidade que mostra o errado escancaradamente, sem possibilidades de neutralização.
Se a justiça não é feita pela casa de onde procede, fica carente de respeito e mesmo de estar aberta, pois por suas portas passa o desequilibrio da relação para ser reequilibrada. Sempre esteve aberta para acolher quem busca que se diga o direito e se dê a cada um “o que lhe é devido”, como deixava instrasponível no inicio da era cristã Santo Agostinho, datam quase dois mil anos aproximados.
O mérito que mostra a justiça a ser feita, as provas contundentes, faz o julgamento sem juízes togados, tomba sob a percepção mínima de uma nação. Quem faz prova contra si mesmo não precisa de julgamento...
À evidência caem contestações. Contra a certeza, não prosperam dúvidas.
Discorrendo em sua grande obra, “Confissões”, sobre cumplicidade, cúmplices e afins, Santo Agostinho asseverava: “Que fruto nessa ocasião colhi eu, miserável, das ações que agora, ao recordá-las, me fazem corar de vergonha, nomeadamente daquele roubo, em que amei o próprio roubo e nada mais?”