AÍ EU ME PERGUNTO
Há oitenta e seis anos, escrevia o poeta americano naturalizado inglês, Thomas Stearns Eliot – T.S Eliot, um dos seus poemas mais conhecidos: “The Helow Men” ( Os Homens Vazios). Neste poema afirma o autor: “Este é um tempo de homens vazios”. Se vivo fosse o ganhador do Nobel de 1948 – que morreu em 1965 aos 77 anos – veria o quanto este verso lhe dá atualidade.
Vazios os homens, vazias as suas idéias, os seus propósitos. Vazio o tempo. Dentro deste oco caminhamos nós pobres mortais, tendo de aturar feito cobaias, experiências e mais experiências, planos e mais planos dos doutores silvanas da vida que, pela parada da carruagem não nos conduzem a lugar nenhum
Aí eu me pergunto: por que não nasci com um só olho, feito o carregador Mesrour, que era tão satisfeito com a sua condição que jamais se lembrara de desejar outro olho. Isto porque “Os dois olhos que temos em nada melhoram a nossa condição: serve-nos um para ver os bens e o outro para ver os males da vida. Muita gente possui o mau hábito de fechar o primeiro e poucos fecham o segundo; eis porque há tantas pessoas que prefeririam ser cegas a ver tudo o que vêem”.
Explico de Voltaire, nas suas próprias palavras, o personagem Mesrour , para quem não eram os dons da fortuna que o consolavam dos malefícios da natureza, pois não passava de um simples carregador e não tinha outro tesouro senão os seus ombros, mas era feliz e mostrava que mais um olho e menos trabalho pouco contribuem para a felicidade. O dinheiro e o apetite que lhe viam sempre em proporção com o exercício que fazia; trabalhava de manhã, comia e bebia de tarde, dormia de noite e considerava cada dia como uma vida à parte, de modo que a preocupação do futuro jamais lhe roubava o gozo do presente. Era ao mesmo tempo zarolho, carregador e filósofo.
Há oitenta e seis anos, escrevia o poeta americano naturalizado inglês, Thomas Stearns Eliot – T.S Eliot, um dos seus poemas mais conhecidos: “The Helow Men” ( Os Homens Vazios). Neste poema afirma o autor: “Este é um tempo de homens vazios”. Se vivo fosse o ganhador do Nobel de 1948 – que morreu em 1965 aos 77 anos – veria o quanto este verso lhe dá atualidade.
Vazios os homens, vazias as suas idéias, os seus propósitos. Vazio o tempo. Dentro deste oco caminhamos nós pobres mortais, tendo de aturar feito cobaias, experiências e mais experiências, planos e mais planos dos doutores silvanas da vida que, pela parada da carruagem não nos conduzem a lugar nenhum
Aí eu me pergunto: por que não nasci com um só olho, feito o carregador Mesrour, que era tão satisfeito com a sua condição que jamais se lembrara de desejar outro olho. Isto porque “Os dois olhos que temos em nada melhoram a nossa condição: serve-nos um para ver os bens e o outro para ver os males da vida. Muita gente possui o mau hábito de fechar o primeiro e poucos fecham o segundo; eis porque há tantas pessoas que prefeririam ser cegas a ver tudo o que vêem”.
Explico de Voltaire, nas suas próprias palavras, o personagem Mesrour , para quem não eram os dons da fortuna que o consolavam dos malefícios da natureza, pois não passava de um simples carregador e não tinha outro tesouro senão os seus ombros, mas era feliz e mostrava que mais um olho e menos trabalho pouco contribuem para a felicidade. O dinheiro e o apetite que lhe viam sempre em proporção com o exercício que fazia; trabalhava de manhã, comia e bebia de tarde, dormia de noite e considerava cada dia como uma vida à parte, de modo que a preocupação do futuro jamais lhe roubava o gozo do presente. Era ao mesmo tempo zarolho, carregador e filósofo.