O DÉCIMO PRIMEIRO DIA COM OS AMIGOS - “AS RENDEIRAS DA ILHA GRANDE DO PIAUÍ” – PARTE 18.
A Revista Veja de 18.04.2012, fez parte da mesa do café nessa linda manhã em que meus amigos completam 11 dias entre nós. A revista passava de mão em mão por causa da matéria intitulada “O Piauí Decola”. O sul do Piauí é a região do país onde a agricultura mais avança, diz a reportagem e continua explicando que o estado com maior expansão na colheita de grão é o Piauí.
Pois bem, com a Revista Veja na mão e outros apetrechos para fazer os devidos registros, eu e meus amigos seguimos para cumprir a nossa programação do dia. Atravessamos a Ponte Simplício Dias para chegarmos a Cidade de Ilha Grande do Piauí, antigo Morros da Mariana. Foi o Governador Freitas Neto, que a elevou a categoria de cidade no ano de 1994. A cidade das rendeiras, como é também conhecida fica a menos de seis quilômetros da cidade de Parnaíba. Ilha Grande do Piauí tem uma área de 134,32 km² e sua população em 2009 era de 8.734 habitantes. Não aumentou muito mais que isso até o presente ano (2012).
A cidade é pequena, de ruas estreitas, casas simples, mas tem dois grandes atrativos. A Casa das Rendeiras e o Santuário em homenagem à Nossa Senhora Mãe dos Pobres e Senhora do Piauí.
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Para se chegar a Casa das Rendeiras é só atravessar a Ponte Simplício Dias sobre o rio Igaraçu e seguir em frente. A Associação das Rendeiras do antigo Morros da Mariana fica na Rua Turiano Ribeiro, 380.
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Ficar apreciando o trabalho das rendeiras debruçadas nas almofadas, trançando a delicada linha através de inúmeros bilros é fantástico. Elas trabalham com arte e amor e dessa labuta nascem metros e mais metros de bicos, toalhas, guardanapos, blusas, palas, colares e até vestido. É um trabalho delicado, de paciência e algumas peças passam meses para serem concluídas.
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A venda desses produtos aumenta nos meses de julho e janeiro, período em que os turistas mais visitam a nossa região. A delicadeza das peças confeccionadas tem uma pitada de requinte e sofisticação, mesmo assim o preço de venda não condiz com a arte e o trabalhos dessas artistas.
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O estilista de moda Walter Rodrigues conhecido internacionalmente conheceu o trabalho dessas mulheres, aprovou e em 2001 divulgou em São Paulo Fashion Week. Por conta disso, mulheres famosas como a ex-primeira dama, Marisa Letícia, esposa de Lula usou um vestido amarelo com 1200 camélias de renda, feita por 25 rendeiras piauienses, por ocasião da posse de Lula em 2007. As camélias foram montadas sobre um molde do estilista Walter Rodrigues e contam as artesãs que o modelo das camélias foi desenvolvido por três designers holandeses que fizeram um estágio na associação em 2003. Já a revista “Caras” de 15 de outubro de 2009, mostrou a fotografia da atriz Antônia Fontenele vestida em um longo branco de renda de bilros confeccionado também pelas rendeiras do Piauí.
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Esses magníficos trabalhos de renda já estão ficando conhecidos pelo alto mundo da moda, até mesmo internacionalmente, uma vez que essas artistas do Piauí participam de exposições dentro e fora do país. Convém lembrar que a técnica e amor por esse trabalho passam de mãe para filha e está sempre se adequando a modernidade. Hoje a renda recebe colorido e as peças as mais diversas formas, como colares e flor para cabelo.
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Quem visita Ilha Grande do Piauí não pode deixar de ir até ao mirante, local onde se encontra o Santuário de Nossa Senhora Mãe dos Pobres e Senhora do Piauí. Ele foi construído no ano de 1988 pelo Padre Pedro Quiriti, com oferta vindo da Itália e ajuda da comunidade. Várias imagens feitas de argila estão espalhadas no largo do Santuário e lá é o local onde os fiéis se encontram para orar, assistir a celebração de missas, casamentos e outras festividades religiosas. A Padroeira da cidade é Nossa Senhora da Conceição e a Matriz está localizada na Praça, bem no centro da cidade.
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A cidade de Ilha Grande do Piauí tem uma festa tradicional que acontece todos os meses de novembro. É o tão esperando “Festival do Caranguejo”. Nos stands que espalham na cidade cercados por mesas e cadeiras para o cliente comer e beber, pode ser encontrado o caranguejo das mais diversas formas: tortas, cremes, patinhas, bolos tudo feito com sal ou açúcar e é servido ao som de bandas musicais que animam e atraem turistas.
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A população dessa região vive da pesca e da cata de caranguejo – uçá. Nessa cidade litorânea do Piauí, encontra – se o Porto dos Tatus, que é considerada a porta de entrada para o Delta do Parnaíba.
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Depois desse longo e divertido passeio retornamos para a cidade de Parnaíba, planejando no percurso o programa para o dia de amanhã. Várias opções foram apresentadas, mas a maioria ficou com a visita a “Sete Cidades”.
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Parte 18 do Livro “O Quinto” que está em fase de produção e sendo transcrito para o Recanto na proporção que escrevo. “ Sete Cidades” será a – Parte 19.