Céu

O tempo poderia parar naquele beijo, mas ficou nas entranhas, a lembrança que não seca, os lábios ainda úmidos, o gosto sinto e o sabor escorre e percorre as veias que faz o peito cheio de saudade ficar, a razão justifica a dor que a emoção não explica.a ausência ilude e me faz sonhar com a perfeição que não existe, traz o silêncio a solidão é inevitável a morte aos poucos me pertence , o fim próximo a desilusão existe, morre o amor que tive, no vazio desta tarde fria que o céu cinza traduz.

Não sou absolutamente nada quando não sinto o amor que arde na alma e vaga na pele que queima e transita levando seu gosto de vida e de morte, sinônimo de dor que pulsa no banal desejo de sonhos perfeitos e na busca do momento ideal, que traz a paz infinita que jamais tive e terei, por ser nula e na inquietude do encontro que a alma produz , me desfaço e na intensa procura do ar que respiro e a paixão traga, revivo nas cinzas das ilusões perceptíveis e vulgares que me toma por inteiro e sem sentido e descontroladamente vivo, morro e renasço cotidianamente, desfaleço e entendo a solidão que escolhi que só por amor e se perder no universo utópico e decididamente vivo poder estar, no silêncio delicioso que me faz ter sua presença e seu hálito sentir.

Vi meu reflexo no espelho, senti a pele diferente, um traço marcava meu rosto que ainda não havia notado, percebi que o tempo estava passando e deixando suas marcas, os sonhos estes sim não mudaram, é real como sempre foi, a felicidade vai acontecer naturalmente e estará presente em meus dias o amor não passa , só aumenta as lembranças de seu olhar me motivam, mas faz a saudade arder como fogo no peito, quando sonho com seu sorriso que invade os pensamentos, quando te amava e acreditava que tudo era para sempre, um desejo infinito o amor presente.

Edilson Barro Preto
Enviado por Edilson Barro Preto em 18/04/2012
Código do texto: T3619461
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