DE LIVRO EM LIVRO.
De pronto eu pergunto:- O quê? A última palavra do livro?! De qual livro? De um simples comprado no sebo ou daquele finamente encadernado, cujo título e nome do autor vêm escritos em lindas letras douradas? Do livro de meus deveres sociais ou direitos legais? De meus amores certos e incertos ou de minhas viagens realizadas por lugares sonhados? Ou ainda de um escrito por Anais Nin, cujos dizeres atiçam a energia motriz de meus instintos? Poderia ser um com lições de xadrez onde as pedras do adversário sempre querem vencer as minhas? Até me veio à mente o livro de minha existência neste mundo, desde os primeiros passos às grandes quedas. Pensei também naquele que fala da passagem do ser humano para o outro plano. Não desejo ler e nem saber da última palavra de qualquer livro, muito menos desse da passagem. Não quero imaginar os acordes iniciais da Marcha Fúnebre que seriam ouvidos após aquela palavra. Qual? Uma que pode ser representada por um esqueleto humano armado de uma foice, palavra essa que por enquanto não quero ler.