E ELA CHEGOU...

Há algum tempo percebi que a idade havia chegado é assaz estranho alguém com 28 anos recém completos dizer isso, creio porém que já me denunciei nessa primeira linha escrita pois pelo que andei vendo essa palavra “assaz” já caiu em desuso há um bom tempo.

Conversando com meus irmãos respectivamente de 21 e 14 anos, descobri que eles nunca viram o show da xuxa, os trapalhões, guaraná bolinha, doce de banana com um brinquedinho no topo, doce de abóbora em forma de coração, chocolate batom e os famigerados carrinhos de pipoca que ficavam na porta da escola, e por falar nisso andando pelo centro de Araçatuba encontrei um desses conduzido por um casal de idosos bem ao estilo de que me lembrava e para minha supresa fizeram maior sucesso e isso sem mencionar as fitas K7 e os video-game super nintendo e tantas outras reliquias das quais me lembro (não acredito que eu disse essa frase).

Mas deixando os discursos piegas à parte de todos aqueles que acham que ficarão para semente, eu sou da opinião de que o que é bom não tem época um exemplo disso é a música pois quantas gerações curtiram, curtem e ainda curtirão “Rolling stonnes” “U2” e tantas outras coisas.

Mas o ápice ainda estava por vir, caminhando pela rua eis que aos meus pés vem uma bola de futebol e a alguns metros um garotinho de mais ou menos uns 10 anos grita bem alto “Ô tio pega a bola aí fazendo um favor” por uns breves 05 segundos imaginei (ou não quis admitir) que ele não estava falando comigo, mas não havia outra pessoa com a bola aos pés naquele local de modo que fingir foi inútil, instintivamente lhe devolvi a bola e continuei meu caminho e enquanto caminhava olhava aquele grupo de garotos - não posso dizer que me fizeram lembrar a infancia porque não era do meu costume jogar futebol na rua já que ter os pés tortos não ajudava muito na hora de ser convocado para a seleção local- fiz uma matemática simples porém reveladora se eu tenho 28 e o guri 10 anos ele poderia ser meu filho, confesso que passei a contar o tempo depois desse fato, mas tenho a leve impressao de que ser chamado “pai” será um pouco menos traumático.

Jorge Luis – 16/04/2012