"O Mural Do Vizinho é Mais Verde."
Salvador, 13 de abril de 2012.
Antes as pessoas utilizavam-se do seguinte ditado para demonstrar o descontentamento com sua própria condição, (A grama do vizinho é sempre mais verde). O que mudou desde as duas décadas passadas até os dias atuais? O que ganhamos com isso e em que circunstâncias, saímos perdendo com o passar dos anos? Realmente algo mudou?
Não mudamos muito, vivemos ainda a mesma era da obsolescência programada, das tecnologias que evoluem num piscar de olhos e, de homens que regridem numa velocidade maior ainda. Um tempo onde todos se encontram pré-dispostos a tornarem-se celebridades instantâneas em apenas um “click”, bem como a serem esquecidos logo em seguida, pois como é de praxe que toda febre ceda, seus quinze minutos de fama também se vão, usurpados pela próxima estrela cadente a cruzar o infindo céu das redes sociais e de compartilhamentos. O homem cria, reinventa e aperfeiçoa seus inventos todos os dias, porém continua incapaz de melhorar a si mesmo. Seguindo na contramão de tudo aquilo que ele criou e regredindo a cada dia como se suas máquinas estivessem sugando toda a sua inteligência, fazendo-os cada vez mais tolos e incultos. Enquanto uma pequena parcela trabalha no desenvolvimento e aperfeiçoamento de tecnologias já existentes, dando-lhes mais qualidade de áudio, vídeo e armazenamento, outros sucumbem à incapacidade de formarem uma simples opinião, sendo assim fantoches de sua própria criação.
É senhores, antes éramos infelizes. “a grama do vizinho sempre era mais verde”, no entanto nada mudou. Continuamos descontentes, só que atualmente o que permanece sempre mais verde e belo que os nossos (gramados) são os “tweets” do outro usuário, a quantidade de curtições e compartilhamentos no “Facebook” e o número de pessoas circuladas no Google Plus.
Roberto CodaxNão mudamos muito, vivemos ainda a mesma era da obsolescência programada, das tecnologias que evoluem num piscar de olhos e, de homens que regridem numa velocidade maior ainda. Um tempo onde todos se encontram pré-dispostos a tornarem-se celebridades instantâneas em apenas um “click”, bem como a serem esquecidos logo em seguida, pois como é de praxe que toda febre ceda, seus quinze minutos de fama também se vão, usurpados pela próxima estrela cadente a cruzar o infindo céu das redes sociais e de compartilhamentos. O homem cria, reinventa e aperfeiçoa seus inventos todos os dias, porém continua incapaz de melhorar a si mesmo. Seguindo na contramão de tudo aquilo que ele criou e regredindo a cada dia como se suas máquinas estivessem sugando toda a sua inteligência, fazendo-os cada vez mais tolos e incultos. Enquanto uma pequena parcela trabalha no desenvolvimento e aperfeiçoamento de tecnologias já existentes, dando-lhes mais qualidade de áudio, vídeo e armazenamento, outros sucumbem à incapacidade de formarem uma simples opinião, sendo assim fantoches de sua própria criação.
É senhores, antes éramos infelizes. “a grama do vizinho sempre era mais verde”, no entanto nada mudou. Continuamos descontentes, só que atualmente o que permanece sempre mais verde e belo que os nossos (gramados) são os “tweets” do outro usuário, a quantidade de curtições e compartilhamentos no “Facebook” e o número de pessoas circuladas no Google Plus.
Salvador, 13 de abril de 2012.