Ensáio sobre a preguiça.
Eu poderia -e deveria- esperar a segunda-feira, que é o dia internacional da preguiça chegar, para escrever um texto em sua homenagem. Entretanto, eu copartilho da ideia de que todo dia é dia de índio... -Ou! Todo dia é dia de preguiça. Mas até que a relação entre índio e preguiça é um tanto amistosa não acham? Bem, mais o que importa mesmo é que pretendo defender a preguiça de todas as injúrias exposta a ela; pois, todos temos direito a preguiça.
Como foi mesmo que surgiu tal ideia? Ah, lembrei -na verdade não tinha esquecido, fiz isso só pra dar um drama- Lá estava eu a fecebookar quando uma garota diz: "Não vou ler seus textos porque estou com preguiça". Bah, nasce a ideia -obrigado jovem garota-. É foi assim que tudo começou, com uma frase de uma preguiçosa.
Sem mais delongas, por que a preguiça é tão repudiada? Bom, eu poderia falar que é por causa da moral cristã e seus aforismos como: A preguiça é um pecado capital; o homem deve comer do suor de seu rosto; blá, blá, blá... Mas como eu respeito a religiosidade alheia, não vou navegar por mares tão tepestuosos. A minha tese é que todo mundo odeia -não, não é o Cris- odeia baianos e índios. Pois, tanto baiano quanto índio, são sinônimos de preguiça. Mas cara, por que isso. Olha veja bem, alguém já viu um baiano extressado, ou um índio preocupado com contas a pagar? NÂO! E por quê? Por causa da filosofia de vida deles: não faça amanhã o que pode ser feito depois de amanhã, ou simplismente não faça, deixe pra lá e vá dançar axé ou deitar numa rede. Ou seja, a preguiça é uma dádiva alcançada por poucos.
Além do mais a preguiça é responsável por todas as invensões da humanidade. Não acredita! Vou mostrar. Você acha que quem inventou, por exemplo, a máquina de costura foi uma trabalhador que vive gabando-se de seu labor; não, claro que não, foi um empregado ocioso que, como num podia fugir do dever, inventa uma maneira de terminar mais rápido para poder ir jogar video-game. Ou ainda mais, você acha que Graham Bell inventou o telefone porque ele era um trabalhador dedicado? A resposta é... não! Ele apenas não queria ter que, quando quisesse falar com alguém, ou escrever uma carta ou ir pessoalmente; pois é muito cansativo. Logo, como vimos, não são os laboriosos que mudão o mundo, pois estão muito ocupados trabalhando; e sim, os preguiçosos que não querem trabalhar.
Finalizando, pois acho que pra um preguiço escrevi de mais, a preguiça não é tão ruim assim como a maioria pensa. Ela nos é útil e companheira. E eu acredito que num futuro próximo, ser preguiçoso será considerado uma benção -não, acho que não; mas a lógica dos sonhos tem os seus caprixos. E viva a preguicinha de cada dia.
P.S lembra da garota do início, pois é, esse texto é dedicado a ela -que se nomeia a rainha da preguiça- pois foi ela a grande incentivadora. Valeu Nathe!