MEMÓRIAS DE PROFESSOR: TEMPO ÚNICO
São várias as tentativas de escrever! – Foi o que pensei, para começar isso que estou fazendo e, parece, assim vai permanecer. Minto! Raras foram as vezes que me esforcei para redigir algo que registrasse pensamentos, vivências, lembranças, marcos que remontam histórias comuns, que deixam de ser assim vistas ao tornar-se públicas. Entendo porque assim. É tempo achado, é vida de sobra: incitação!
No esforço por ler Graciliano Ramos em Memórias do Cárcere, – Seu trabalho tem valor: é tesouro! Problema reservado, dificuldade de concentração em hábito que se torna investimento grande, tratando-se de escritos com tal particularidade, construído por esse arquiteto da nossa literatura –, me acho perseguido por recordações prazerosas. Perseguido?! Não pedem permissão! Entram querendo lugar: julgando ser possível ocupar um tempo único para se revelar.
Confusão! Dificuldades para arranjo de espaço em que se ache prazer ao acomodá-las. Texto autobiográfico! – Talvez fique mais fácil; possibilidade de realizar o trabalho. Uma base. Faria uso da solução que hora se mostra? Viela!