A PIRÂMIDE.

A PIRÂMIDE.

Crônica cultural.

Texto de Honorato Ribeiro.

Criaram uma pirâmide incomensurável no regime tanto comunista como capitalista. No regime comunista, embora houvesse um presidente ditador, que governasse com braços fortes e um jugo pesado sobre o povo dominado, mas, na verdade, quem governava e dava o veredicto de todas as ações governamentais e censurais era o secretário da União Soviética. Tudo passava por suas mãos para analisar e confirmar o sim ou o não. Havia uma censura rígida ao setor de comunicação: Jornais, revistas, televisão, rádio, música e qualquer espécie que ferisse o regime comunista. Não havia democracia. Bem, comunismo nunca existiu em lugar nenhum como o seu fundador, Karls Heinrich Max escreveu tal qual o que confirmava, no seu livro: CAPITAL. Transformaram numa verdadeira escravidão e numa cruel ditadura, até que, através da Encíclica Rerum Novarum, do papa Leão XIII, o povo conscientizou e resolveram derrubar o mura da vergonha. Demorou muito, mas o povo se libertou. Mas, na realidade, houve socialismo ateu e materialista.

No regime capitalista, que é o nosso, o jugo é bem pesado, embora vivendo numa falsa democracia, mas o País não é viável e nem soberano, pois falta pão na mesa da maioria e abunda na mesa dos que vivem no topo da pirâmide. 90% sofre e 10% retêm a riqueza. Isso gera o desequilíbrio social. Tanto no poder de compra como no poder cultural; há uma adversidade enorme de pessoas que não sabem ler e nem escrever. Por isso há um grande preconceito social a eles que, por ser pobre do saber vivem à margem e excluídos como seres humanos. O ter é mais valorizado do que o ser. Ser pessoa, ser humano, ser gente por não possuir o ouro e a prata. Parece-nos que aquelas palavras que Jesus dissera aos poderosos fariseus e religiosos estão em voga até os nossos dias atuais: “O homem é muito mais importante do que o “sábado”. O sábado está simbolizando tudo que não dá vida plena e em abundância ao homem. Deixando de valorizar o homem e colocando as coisas matérias para substituí-lo é abominável a Deus. Não deixa de ser um preconceito social onde os que estão no pico da pirâmide têm valor; os que estão na base são excluídos e marginalizados. Ambos vivem de braços dados: Capitalismo e comunismo, embora vivam antagonicamente. Mas os dois colocam a canga pesada nos que vivem na base da pirâmide. Aqui está outra frase do Mestre dos mestres: “Não poderá ter dois senhores. “Ou Deus ou o dinheiro”. Os dois regimes preferem o “TER”. O dinheiro, a economia em primeiro lugar. Quem tem, tem valor; quem não tem, não tem valor e nem vez. Por isso são poucos que dão valor o “SER”. E o ser só é valorizado em tempo de política e nada mais. Até o amor está sendo abortado. Assim, abortando o amor vai destrutuando a família que é a base de todo conjunto político social e religioso.

hagaribeiro.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 11/04/2012
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