O direito de saber a verdade
O direito de saber a verdade
Hoje leio no jornal “dono de clínica reprodutiva seria pai de 600”. O cidadão Bertold Wiesner tinha clínica nos anos 40 em Londres e selecionava os doadores por nível de inteligência, humildemente, doava seu gene para um futuro melhor! Será? A mulher dele queimou todos os arquivos de doadores e presume-se, por semelhança dos nascidos, que ele era o único pai... Já se constatou que 12 crianças vieram dele, pelo exame de DNA. E hoje, ainda que seja uma hipótese menor, é possível que irmãos tenham se casado entre si.
Pois bem, quem daria a informação ao filho de que não é o pai biológico? E mais, quem procuraria seu pai biológico depois de adulto? Essa verdade interessa? A verdade tem valor quando pode levar uma pessoa a descobrir coisas não certas ou sem sentido? O sentido, a meu ver, está acima da verdade. Muitas vezes a mentira ou a omissão é a grande verdade para a sobrevivência. Meu pai dizia “a maternidade é um fato e a paternidade uma hipótese”, então eu prefiro ver a paternidade (ou maternidade) em quem cria com amor, isso basta.
Agora, cá prá nós, 600 filhos é muita coisa! A mulher desse cidadão devia ser muito feia e ele leitor assíduo do playboy (a primeira saiu em 1953 com Marilyn Monroe na capa) ou outra similar para conseguir realizar seus experimentos. O sujeito morreu em 1972 e a clínica funcionou até 1970.
Você aí tem pele clara e olho azul? Se sim entre em contato para maiores esclarecimentos...
Roberto Solano