Os Poemas que não Li.
Dos poemas que não li, destaco um.
Um que conta uma linda história feia, de um amor inusitado e comum.
Um clichê inovador, que fala de ódio e amor.
Que traz um verso matuto clássico com direito a voçasmecês e oxentes acoplados.
Com versos de métrica afiada, erros gramaticais e declamação calejada.
Cheio, de, pausas, para, explicar, e ser, explicado.
Sem pressa de ser prolongado, ou medo de ser julgado.
Neste poema o autor fez questão apenas de mostrar pra sua dama que, dos poemas que não li o mais lindo foi aquele onde pela primeira vez te vi.
E dos amores que não vivi o que eu mais destaco é este que até hoje está guardado em ti. Que como depositária fiel, abusas do direito de uso deste precioso bem.
Mas tudo isso pode apenas ser confusão deste nobre autor, afinal de contas, ninguém é dono da verdade, mas pode ter sua posse e na ciência da verdade eu faço o que posso, afinal de contas como uma boa poesia, sem compromisso com a lógica, sequer com a verdade.
Sem compromisso com começo, meio nem fim.
Terminando a qualquer instante em qualquer ocasião.
O que me deixa a pensar nos poemas que não li sobre os amores que não mais virão.