A palavra da vez é...

CALADO!

Calado, particípio do verbo calar, se eu me calo e tu te calas, um terceiro vai falar. E se nos calamos todos, concordamos com a mudez, quem se cala ou fala pouco, perde a voz ou perde a vez. Emudecendo entendidos, brilharão os fanfarrões, calar-se-ão os verbos, silenciará a razão. Mas, tendo-se nada a dizer, prudente é guardar a voz, silenciar a agonia impressiona o algoz. Faz mais barulho, quem sabe, o calar de vez a voz, mais forte é o julgado fraco, mais forte, quem está só. E o calado, substantivo, também sabe silenciar, cala por conselho ou juízo, por ordem ou medo de errar, pois o calar-se está na base, a que não pode faltar. Estar em silêncio profundo por vezes nos faz flutuar; manter a boca fechada: melhor dieta não há! Calado também se encontra falando-se de embarcações, como pouco manejo disto, calar-me é imposição. E ao terem-me calado, passiva é a minha voz; para voltar à ativa, solto a língua, elevo a voz - GRITO!

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