Aquele que tem vontade de viver plenamente o anúncio pascal, por assim dizer , liberta a vida para voar. Isto é, levanta-se do plano raso do chão e descobre que o horizonte é mais adiante e está no alto. Quem vive (ou pretende viver) essa alegria sente-se impelido a oferecer sua vida como dom aos outros. Deixa-se arrebatar...
Os relatos da ressurreição de Jesus falam numa madrugada quando “o sol ainda não tinha nascido”. É proposital. Dirige-se a todos que caminham pelos caminhos inseguros da vida e convida a deixar-se arrebatar pela madrugada de amor. É madrugada porque não é ainda o pleno dia da libertação, da justiça e da ressurreição final. A Páscoa é então o amanhecer desse grande dia.
Durante os 50 dias do tempo pascal os cristãos de rito maronita e cristãos ortodoxos gregos se saúdam assim quando se encontram na rua ou no mercado: “Christos Anèsti! Alithos anèsti”. Substituem o “bom dia” pela saudação pascal dos primeiros cristãos, como fizeram meu filho e minha mulher hoje na mesa do café do manhã: O Cristo Ressuscitou (Christos anèsti!) e o outro responde: “Alithos anèsti!” (de fato ressuscitou mesmo).
Nesse domingo de Páscoa, após as cerimônias cristãs da vigília pascal, fomos passar o dia com uma comunidade pluralista, o Portão do Céu. É uma montanha sagrada aqui da Mantiqueira onde estão presentes comunidades religiosas budistas, bramanistas, zen-budistas, animistas e uma outra, Tao Tien, uma vertente do budismo tibetano. Sinto satisfação em descobrir e aprofundar a teologia pluralista da Páscoa no encontro com outras religiões. Isso me faz mudar muito o modo ver e de falar de Jesus. Não aceito mais uma cristologia exclusivista ou arrogante ou triunfalista. Nada de Cristo rei ou um único e suficiente salvador que se proclama assim para ignorar ou menosprezar os outros.
O Cristo no qual creio é amor e ponte entre toda a humanidade e assume todas as culturas e religiões como elas são e com sua autonomia. Deixo claro, porém, que na minha fé, esse elemento da ressurreição de Jesus é essencial (não de modo mítico e como reanimação do cadáver ou fisicamente), mas como vida nova dada pelo Espírito e manifestada em nós.
Feliz Páscoa!
Os relatos da ressurreição de Jesus falam numa madrugada quando “o sol ainda não tinha nascido”. É proposital. Dirige-se a todos que caminham pelos caminhos inseguros da vida e convida a deixar-se arrebatar pela madrugada de amor. É madrugada porque não é ainda o pleno dia da libertação, da justiça e da ressurreição final. A Páscoa é então o amanhecer desse grande dia.
Durante os 50 dias do tempo pascal os cristãos de rito maronita e cristãos ortodoxos gregos se saúdam assim quando se encontram na rua ou no mercado: “Christos Anèsti! Alithos anèsti”. Substituem o “bom dia” pela saudação pascal dos primeiros cristãos, como fizeram meu filho e minha mulher hoje na mesa do café do manhã: O Cristo Ressuscitou (Christos anèsti!) e o outro responde: “Alithos anèsti!” (de fato ressuscitou mesmo).
Nesse domingo de Páscoa, após as cerimônias cristãs da vigília pascal, fomos passar o dia com uma comunidade pluralista, o Portão do Céu. É uma montanha sagrada aqui da Mantiqueira onde estão presentes comunidades religiosas budistas, bramanistas, zen-budistas, animistas e uma outra, Tao Tien, uma vertente do budismo tibetano. Sinto satisfação em descobrir e aprofundar a teologia pluralista da Páscoa no encontro com outras religiões. Isso me faz mudar muito o modo ver e de falar de Jesus. Não aceito mais uma cristologia exclusivista ou arrogante ou triunfalista. Nada de Cristo rei ou um único e suficiente salvador que se proclama assim para ignorar ou menosprezar os outros.
O Cristo no qual creio é amor e ponte entre toda a humanidade e assume todas as culturas e religiões como elas são e com sua autonomia. Deixo claro, porém, que na minha fé, esse elemento da ressurreição de Jesus é essencial (não de modo mítico e como reanimação do cadáver ou fisicamente), mas como vida nova dada pelo Espírito e manifestada em nós.
Feliz Páscoa!