VELHOS  E NOVOS TEMPOS.
Li aqui no recanto uma crônica da  Giustina, que me levou aos velhos tempos.. Ela fala das cartas que no passado levavam meses para chegar ao seu destino. Lembro-me que  na vila onde nasci, hoje cidade, havia um auto falante no meio da “praça”, onde ouvíamos as noticias, inclusive aquelas   sobre a morte de alguma pessoa do lugar.Lembro também de uma eleição para presidente, que levou mais de um mês para concluir a apuração.Um dos candidatos chama-se Cristiano Machado. E para chegarmos até a capital  Belem, só  por via fluvial, nos velhos navios-gaiolas, viagens de quase tres dias .Hoje, da capital até a minha cidade, são duas horas e meia.Telefone? Nem pensar!   O meu primeiro telefone fixo demorou tres anos para ser instalado e no dia que isso aconteceu, foi uma festa... E o micro ondas? Outra festa! Agora, falo no skype quase todos os dias com meu filho que está na Austrália e com os amigos, por email sempre que necessário.  Cartas? Dificilmente se escreve alguma. Tenho saudade dos velhos tempos, mas não podemos negar o progresso e suas vantagens. Nós mulheres, nos libertamos de labores cansativos  e a cada dia, lutamos para ter o conforto que merecemos.  Não me vejo mais num tanque de lavar roupas , num fogão à lenha e num ferro de passar à carvão,  tão pouco sem as vantagens da eletricidade,  da rapidez dos meios de comunicação e dos transportes. Coisas   dos novos tempos!